Dizem que os incomodados é que devem se retirar. Concordo.
Se alguma coisa me incomoda, abandono o barco. Chuto o tal do balde. Ficar insistindo em uma coisa que não vai dar certo, nunca foi a minha especialidade. Manter namoros estressantes, amizades interesseiras, empregos sem futuro... nada faz muito sentido na minha cabeça.
Desculpe minha mania de ser clichê, mas a vida é muito curta pra gente perder tempo.
Não é nada fácil me aguentar, eu sei. Sou implicante. Pouco tolerante. Pirracenta. Mimada. Falo o que penso. Faço o que tenho vontade. E pior: sou adepta de uma filosofia de vida muito objetiva que eu mesma desenvolvi: "Quer? Quer. Não quer? Não quer". Muito simples. E é assim que eu gostaria que agissem comigo. Não me quer, saia da minha vida logo. Me quer? Me mereça.
Não puxo saco de ninguém. Detesto que puxem meu saco também. Nunca saí com quem não queria estar comigo. Nunca fui à festa sem ser convidada. Não faço amizades por conveniência. Não sei rir se não estou achando graça. Não seguro o choro se o coração estiver apertado. Não atendo o telefone se não estou com vontade de conversar. Não namoro pra falar que tenho companhia. Nunca pertenci a grupos em que pessoas pensassem, agissem e se vestissem todas iguais.
Aprendi. Agora, jogo fora o que não presta. Ou melhor, saio eu mesma do jogo. Não faz mais sentido acreditar que sua amiga interesseira vai ser uma pessoa melhor depois que você conversar com ela. Ou que seu namorado vai mudar aquele hábito que você odeia só porque ele te ama. Não funciona dessa forma. Por isso, saio fora antes do final do jogo se eu não estiver de acordo com as regras.
Me retiro, afinal, a incomodada sou eu.
O que incomoda vai estar sempre alí no mesmo lugar. Mas você não precisa estar. Mude de lugar. Mude de casa. Mude de emprego. Mude de amigo. De ficante. De namorado. De marido. Mude de atitude. Só não fique parada reclamando. Faça aulas de boxe. Aprenda a dar bicudas, a dizer Não quando não quer, a falar Sim quando é da sua alma, a largar tudo pra trás quando não interessa. Tire férias se necessário. Desapegue.
Aprenda a não levar a vida tão a sério. Aprenda que o stress só vai destruir seu estômago e fígado, além de torrar seu dinheiro em análises e remédios caros. Aprenda que as pessoas não são do jeito que você gostaria que elas fossem. Eu aprendi.
Aprendi a hora de me retirar: vou embora antes do final da festa.
Tenha medo de morrer. Tenha medo de barata. Tenha medo de envelhecer. Tenha medo de altura. Tenha medo da violência. Tenha medo da mentira. Tenha medo da falsidade. Tenha medo da política. Tenha medo da traição. Tenha medo da sociedade, do ódio, da mágoa e da solidão, mas, por favor, não tenha medo do amor!
"Como é que a gente pode ser tanta coisa indefinível. Tanta coisa diferente. Sem saber que a beleza de tudo é a certeza de nada que o talvez torne a vida um pouco mais atraente..."
Quem já ganhou e perdeu nessa montanha russa afetiva da vida sabe que, no final, custe lágrima ou sorriso, você sai na frente. Mais forte, mais madura, mais bonita.
Fonte: http://jackieoliver.blogspot.com/
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Imagem google.com
Olá.
ResponderExcluirSou quase do seu jeito:
Embirrento,aborrecido,não aguento falsidade sorriso falso,chateação,e muitas coisas mais, só que acontece que sendo assim poucos vão com a minha cara,pois a maior parte do povo gosta de tudo ao contrario, e olhe que não sou nenhum adolescente, já tenho muitos anos de experiencia de vida,mais acho que aina não aprendi.
Um abraço.