quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Dar sem esperar receber - para meditar

Havia uma pequena aldeia onde o dinheiro não entrava. Tudo o que as pessoas compravam, tudo o que era cultivado e produzido por cada um, era trocado.

A coisa mais importante, a coisa mais valiosa, era a amizade.

Quem nada produzia, quem não possuía coisas que pudessem ser trocadas por alimentos, ou utensílios, dava seu carinho.

O carinho era simbolizado por um floquinho de algodão.

Muitas vezes, era normal que as pessoas trocassem floquinhos sem querer nada em troca.

As pessoas davam seu carinho pois sabiam que receberiam outros num outro momento ou outro dia.

Um dia, uma mulher muito má, que vivia fora da aldeia, convenceu uma pequena garota a não mais dar seus floquinhos.

Desta forma, ela seria a pessoa mais rica da cidade e teria o que quisesse.

Iludida pelas palavras da malvada, a menina, que era uma das pessoas mais populares e queridas da aldeia, passou a juntar carinhos e em pouquíssimo tempo sua casa estava repleta de floquinhos, ficando até difícil de circular dentro dela.

Daí então, quando a cidade já estava praticamente sem floquinhos, as pessoas começaram a guardar o pouco carinho que tinham e toda a harmonia da cidade desapareceu.

Surgiram a ganância, a desconfiança, o primeiro roubo, o ódio, a discórdia, as pessoas se xingaram pela primeira vez e passaram a ignorar-se pelas ruas.

Como era a mais querida da cidade, a garota foi a primeira a sentir-se triste e sozinha, o que fez a menina procurar a velha para perguntar-lhe e dizer-lhe se aquilo fazia parte da riqueza que ela acumularia.

Não a encontrando mais, ela tomou uma decisão. Pegou uma grande carriola, colocou todos os seus floquinhos em cima e caminhou por toda a cidade distribuindo aleatoriamente seu carinho.

A todos que dava carinho, apenas dizia:

"Obrigada por receber meu carinho".

Assim, sem medo de acabar com seus floquinhos, ela distribuiu até o último carinho sem receber um só de volta.

Sem que tivesse tempo de sentir-se sozinha e triste novamente, alguém caminhou até ela e lhe deu carinho.

Um outro fez o mesmo...

Mais outro... e outro... até que definitivamente a aldeia voltou ao normal.


Créditos: Autoria desconhecida ♡ www.portalcmc.com.br/pnl10.htm

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