sábado, 29 de julho de 2017

A vida é uma mesa posta

"A vida é uma mesa posta, com venenos mortais, pratos insossos e outros deliciosos. Alguns conscientemente escolhem veneno, achando que viver é sofrer, e ponto final. Outros comem - e vivem - sem sal. Mas há os que, quando podem, pegam as delícias da vida e assim se salvam da areia movediça da depressão."
(By Lya Luft)
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Imagens: google.com


A missão dos pais NÃO é fazer filhos felizes

Dois dos maiores erros da educação de filhos na atualidade é, primeiro, transmitir a ideia de que felicidade é um direito, e, segundo, que a função dos pais é facilitar o caminho dos filhos para serem felizes, algo muito arriscado para boa parte dos jovens da atualidade.

Você pode desejar a felicidade dos seus filhos, mas nos seus planos não transmita a eles a ideia de que a tarefa pertence aos pais. Felicidade é algo pessoal, intransferível e é uma conquista. Sim, uma conquista que exige esforço, trilha individual e persistência nas conquistas dos recursos íntimos e externos para alcança-la.

Oferecer a seu filho as melhores condições sociais, religiosas, materiais e intelectuais não é nenhuma garantia de felicidade. São apenas condições que podem ou não serem usadas pelos filhos para que construam, eles próprios, o melhor para suas vidas.

Cada filho é uma alma, com uma necessidade especifica e com um mapa de evolução pessoal. Um projeto de vida único e inviolável. Discernir o melhor para cada filho é um desafio. Por essa razão, você que é pai, mãe ou educador comece a pensar que seus planos não garantem felicidade e que, a qualquer momento da caminhada com seus filhos, é apropriado repensar posturas, anseios e expectativas. Do contrário, você corre um enorme risco de cair na frustração e na culpa, principais sentimentos que os genitores sentem ao verificar que seu filho não se encontra bem.

A tarefa dos pais não constitui em moldar seus filhos para aquilo que você acredita que vai fazê-los feliz. Muitas vezes esses critérios servem para você e não para eles. Temos hoje uma geração de pais que passaram todo tipo de dificuldade e não querem que seus filhos se frustrem. Isso é um equívoco. Frustração é fundamental.

Se você pode facilitar a vida de seu filho de alguma forma faça isso, mas acompanhe o nível de responsabilidade dele com o que você oferece. Se isso não está sendo bem usado, coloque limite ou penalize com a retirada dessa facilidade.

Não é tarefa dos pais construir a realização de seus filhos. Aliás isso não existe nas leis divinas. Isso é mais uma das ilusões sobre amor. Só podemos trabalhar com liberdade total pela nossa própria felicidade. E quanto à dos outros apenas podemos contribuir, incentivar e orientar. Você como pai e mãe pode colaborar com educação, apoio e luz para que eles construam essa tão almejada meta em suas vidas com esforço próprio. Apenas colaborar. Essa é sua missão.

Felicidade é algo intransferível e particular, repito. É uma questão de merecimento individual e os pais não podem, absolutamente, serem tão onipotentes ao ponto de supor que um filho infeliz ou feliz tenha uma relação direta e exclusiva com a forma pela qual ele foi educado. Muitos se afundam na dor e na ilusão porque tem lutas íntimas pertinentes a eles mesmos e a educação no lar, mesmo guardando certo nível de influência não pode responder 100% por tais lutas. Se seus filhos são felizes, uma pequena parte disso tem relação com a conduta dos pais. Se são filhos infelizes, da mesma forma, uma parcela limitada dessa infelicidade pode ser em função das questões inerentes ao lar.

Fala-se muito na importância da família na modelação do caráter e isso é mesmo verdade, mas não de forma tão ampla como se acredita, a tal ponto de produzir uma geração de pais que sofreram horrores por pensar “onde foi que errei”.

Até para exercer com equilíbrio e sanidade a função de pais é necessário autoamor e postura, remédios sagrados para filhos que costumam abusar do sentimento de culpa de muitos genitores, tornando-os reféns emocionais em relações de desrespeito e co-dependência. Pais que se amam não aceitam as chantagens e explorações dessa geração egoísta de filhos que nasceu de uns 25 anos para cá. Haja preparo!

Quando os pais me encaminham seus filhos-problemas para terapia, muito provavelmente vão ouvir: venham vocês primeiro, depois vamos ver o que pode ser feito pelos filhos. Quase sempre, ensinando aos pais como dizer um NÃO aos filhos, ampliam as possibilidades do amor florescer na família.

Pais felizes têm melhores chances de iluminar seus filhos e prestarem uma colaboração efetiva para que eles, por si mesmos, trabalhem pela própria felicidade.

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By Wanderlei Oliveira

Como curar seu corpo emocional

Sempre que uma emoção negativa emergir, você pode substituí-la por algo novo. Todos temos uma imagem mental do que é um corpo físico desejável - bem condicionado, saudável, jovial, viçoso, agradável de se ver. Mas não usamos essas qualidades em relação às nossas emoções, nosso “corpo emocional”. O corpo emocional, assim como o corpo físico, tem de ser propriamente nutrido. Ele pode ficar cansado e flácido ao ter as mesmas reações, repetidamente. Ele se torna enfermo quando exposto a toxinas e influências insalubres.

Toda vez que você sente uma emoção negativa, seu corpo emocional está expressando desconforto, fadiga ou dor. Preste atenção a esses sintomas, da mesma maneira como faria com uma dor ou desconforto físico. Se você tivesse uma pedra no sapato, não hesitaria em removê-la. No entanto, quanto tempo você já suportou as pedras espirituais de seu sapato? De várias formas, nossas prioridades devem ser revertidas. Pense no tempo e no dinheiro gastos para evitar o envelhecimento.

Empenhamos um esforço enorme para garantir um corpo saudável e funcional até a idade avançada. No entanto, ironicamente, é o corpo emocional que é imune ao envelhecimento. Não há motivo para que as emoções envelheçam, porque a fonte de frescor e renovação está sempre à mão. Seu corpo emocional deve permanecer vigoroso, alerta, flexível e agradável às experiências. Acho que uma única frase - “a leveza do ser” - engloba todas essas qualidades.

As crianças naturalmente sentem a leveza do ser. Elas brincam e riem; esquecem os traumas e rapidamente se recuperam. Qualquer coisa que sintam logo vem à superfície. Esse período descontraído pode não durar muito. Observando uma criança atentamente, você pode ver o começo das tendências que levarão ao sofrimento futuro, conforme a sombra ensina suas táticas de projeção, culpa, remorso e todo o restante. É por isso que reconstruir o corpo emocional, em longo prazo, é a melhor estratégia para todo mundo - seu futuro depende da eliminação do seu passado. A chave é ter uma perspectiva, que você pode implementar todos os dias. Porém, sem uma perspectiva, até mesmo o melhor dos conselhos fica a esmo e fragmentado.

Uma perspectiva para a reconstrução do corpo emociona inclui ao menos alguns dos pontos a seguir:

• Tornar-se mais inteiro.
• Aprender a ser resiliente.
• Dissipar os demônios do passado.
• Curar antigas feridas.
• Esperar o melhor de si mesmo.
• Adotar ideais realistas.
• Empenhar-se.
• Ser generoso, principalmente com sua alma.
• Enxergar além dos medos.
• Aprender a autoaceitação.
• Comunicar-se com Deus ou seu eu superior.

O mais importante na reconstrução do corpo emocional é se tornar mais inteiro. As emoções não podem ser remodeladas isoladamente. Elas se fundem, se mesclam aos pensamentos, ações, aspirações, desejos e relacionamentos. Todo sentimento que você tem se desloca de maneira invisível, rumo ao ambiente, afetando as pessoas ao redor, a sociedade e o mundo. Depois de ter trabalhado com milhares de pessoas ao longo dos anos, pude perceber que sem a plenitude tudo o que conseguimos criar é uma mudança superficial. Sendo assim, vejamos se é possível abordar sua vida como uma realidade, um processo que engloba todo o pensamento e a ação que você já teve ou terá.

Isso pode soar um tanto sufocante, porém, para escapar da névoa da ilusão, a única maneira de sair é a realidade. Na verdade, só há uma realidade. Você não tem como se separar dela. Nem vai querer, uma vez que puder enxergar a enorme vantagem de viver na plenitude. Seu self separado, que tem uma participação pessoal no mundo, não se trata de quem você realmente é. Na verdade, isso pode ser uma total ilusão, e foi o que Buda disse. O self que você defende todos os dias, como seu ponto de vista ímpar, é uma ficção conveniente que faz com que o ego se sinta bem. O que o ego não percebe, no entanto, é que ele se sentiria muito melhor se abrisse mão da parte limitada e egoísta no mundo. Quando isso acontecer, o verdadeiro self pode emergir. Então, e somente então, a plenitude será possível.

Deepak Chopra
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Você atrai o que você é

Quem nós pensamos que somos está intimamente ligado a como nos consideramos tratados pelos outros. Muitas pessoas se queixam de que não recebem um tratamento bom o bastante. “Não me tratam com respeito, atenção, reconhecimento, consideração. Tratam-me como se eu não tivesse valor”, elas dizem. Quando o tratamento é bondoso, elas suspeitam de motivos ocultos. “Os outros querem me manipular, levar vantagem sobre mim. Ninguém me ama.”

Quem elas pensam que são é isto: “Sou um pequeno eu’ carente cujas necessidades não estão sendo satisfeitas.” Esse erro básico de percepção de quem elas são cria um distúrbio em todos os seus relacionamentos. Esses indivíduos acreditam que não têm nada a dar e que o mundo ou os outros estão ocultando delas aquilo de que precisam. Toda a sua realidade se baseia num sentido ilusório de quem elas são. Isso sabota situações, prejudica todos os relacionamentos. Se o pensamento de falta - seja de dinheiro, reconhecimento ou amor - se tornou parte de quem pensamos que somos, sempre experimentaremos a falta.

Em vez de reconhecermos o que já há de bom na nossa vida, tudo o que vemos é carência. Detectarmos o que existe de positivo na nossa vida é a base de toda a abundância. O fato é o seguinte: seja o que for que nós pensemos que o mundo está nos tirando é isso que estamos tirando do mundo. Agimos assim porque no fundo acreditamos que somos pequenos e que não temos nada a dar.

Se esse for o seu caso, experimente fazer o seguinte por duas semanas e veja como sua realidade mudará: dê às pessoas qualquer coisa que você pense que elas estão lhe negando - elogios, apreço, ajuda, atenção, etc. Você não tem isso? Aja exatamente como se tivesse e tudo isso surgirá. Logo depois que você começar a dar, passará a receber. Ninguém pode ganhar o que não dá. O fluxo de entrada determina o fluxo de saída. Seja o que for que você acredite que o mundo não está lhe concedendo você já possui. Contudo, a menos que permita que isso flua para fora de você, nem mesmo saberá que tem. Isso inclui a abundância. A lei segundo a qual o fluxo de saída determina o fluxo de entrada é expressa por Jesus nesta imagem marcante: “Dai, e dar-se-vos-á.

Colocar-vos-ão no regaço medida boa, cheia, recalcada, sacudida e transbordante, porque, com a mesma medida com que medirdes, sereis medidos vós também.” A fonte de toda a abundância não está fora de você. Ela é parte de quem você é. Entretanto, comece por admitir e reconhecê-la exteriormente. Veja a plenitude da vida ao seu redor. O calor do sol sobre sua pele, a exibição de flores magníficas num quiosque de plantas, o sabor de uma fruta suculenta, a sensação no corpo de toda a força da chuva que cai do céu. A plenitude da vida está presente a cada passo. Seu reconhecimento desperta a abundância interior adormecida. Então permita que ela flua para fora. Só fato de você sorrir para um estranho já promove uma mínima saída de energia. Você se torna um doador. Pergunte-se com frequência: “O que posso dar neste caso?

Como posso prestar um serviço a esta pessoa nesta situação? Você não precisa ser dono de nada para perceber que tem abundância. Porém, se sentir com frequência que a possui, é quase certo que as coisas comecem a acontecer na sua vida. Ela só chega para aqueles que já a têm. Parece um tanto injusto, mas é claro que não é. É uma lei universal. Tanto a fartura quanto a escassez são estados interiores que se manifestam como nossa realidade. Jesus fala sobre isso da seguinte maneira: “Pois, ao que tem, se lhe dará; e ao que não tem, se lhe tirará até o que não tem.

Eckhart Tolle
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