Quando dois egos assumem uma relação, ele não tem qualquer chance de ser bem sucedida. Para reconhecer o ego, é necessário escutar seus medos e desconfortos. Depois você constata que ninguém pode resolver seus medos.
Tudo o que você pode fazer é “estar presente” para estes medos, até que uma mudança interior aconteça. Quando o ego (como uma criança desamparada) se sentir em segurança, porque você está presente para acolher as suas dificuldades, ele se retirará.
Nos relacionamentos, o primeiro impulso é de passar ao outro a responsabilidade pelo que nos ocorre, pelo que pensamos, pelo que sentimos, e pelas nossas reações.
Um peso que gera apenas sofrimento e impotência. Procurar o amor no outro em algo exterior a nós mesmos, só nos conduz à frustração e ao fracasso. O ego exige que os outros tomem conta de nós e nos deem a segurança que só nós podemos nos dar; então nos sentimos rejeitados e traídos quando os outros não podem satisfazer as nossas necessidades.
Quando você não oferece amor ao ego ele torna se feroz e quase insuperável. Assuma a responsabilidade pelos seus próprios medos. Tome pela mão a sua criança interior machucada e deixe o outro fazer o mesmo. Cada vez que ao doar um objeto, uma ajuda, um pensamento, um toque, um sorriso, nos lembramos do que fizemos, estamos nos apegando à imagem do que foi feito, diminuindo a ação. Doar para receber conhecimento, amor, elogio, prazer, conforto, ou um espaço no céu, é doar para o espelho.
Se a doação sai da necessidade, o que encontramos é necessidade. Então doe – qualquer coisa, incluindo um abraço – porque pode. Porque tem muito em si mesmo, porque transborda e não lhe faz falta. Desta forma poderá colocar sua atenção no outro e não na sua necessidade.
Confuso? Consulte seu coração.
Fonte: Heraldo Tolzan – Psicoterapêuta
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