A vida se faz exatamente sob a lógica dos encontros e desencontros e, nessa dinâmica vital, somos obrigados a encarar o necessário e dolorido “adeus”.
O tal do “adeus” é, infelizmente, mais comum do que gostaríamos, afinal, despedidas são atos diários.
Em cada decisão que tomamos existe um “adeus”. Até para jogar aquela meia velha e rasgada no lixo sentimos uma dor enrustida. E como dói.
Esse ano eu disse alguns “adeuses” – adeus pro meu amor, adeus pro meu trabalho, adeus para uma rotina que tomou conta de mim sem que eu quisesse. Tive que parar, pensar e assumir: “eu preciso dizer adeus”.
Que processo longo esse. Às vezes, para assumirmos que o “adeus” deve ser dito, levamos meses – ou até anos – e, no momento de dizer, poucos minutos bastam.
Ainda estou vivendo alguns dos adeuses que andei dando por aí, mas um deles é o mais difícil: o adeus a mim mesma.
Olhei para mim com os olhos de alguém que vê de fora e vi muita coisa errada; eu precisava mudar e, para mudar, eu precisava dizer “adeus”.
Um belo dia, depois de meses tentando aceitar a ideia, sentei comigo mesma na sala da minha casa e falei: “adeus, tô indo buscar quem eu quero ser. Você, (...), faça o imenso favor de ficar no passado! A nova (...) precisa chegar e, para chegar, você tem que ficar por aqui”.
Fui embora de mim mesma.
Depois, fiz algumas listas, tomei algumas decisões, cortei o cabelo e, no dia seguinte, me deparei com a imagem abaixo, que caiu como uma luva e me inspirou para escrever esse texto.
Hoje eu tô reformando a Carolina e, quando a reforma ficar pronta, com certeza surgirá a necessidade de um novo “adeus”. • Fonte: https://carolprestes . wordpress. com/2012/09/04/
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