domingo, 11 de maio de 2014

Psicometria

O homem, desde que nasce, encontra-se imerso em um vasto oceano de vibrações oriundas de uma multidão de fenômenos e de seres que o cercam. E assim, como afinal acontece a tudo quanto existe, ele tanto emite como recebe as influências vibratórias do campo onde se situa. São emanações físicas, vitais ou psíquicas, que povoam o Universo todo e impregnam os seres e as coisas existentes dentro de um mutualismo absolutamente determinístico.

Nesse infinito campo vibratório, cada fonte oscilatória age intensivamente na razão direta do seu estágio evolutivo. Do átomo e até mesmo das suas subpartículas infinitesimais aos mais vastos conglomerados cósmicos, as metagaláxias, tudo é fonte incessante e inesgotável de radiações sensíveis ou não aos nossos órgãos, embora estejamos inapelavelmente submetidos às suas influências. É dessa interferência mútua e constante entre todos os seres, que ressalta naturalmente a grandiosa lei do amor, da confraternização geral entre todas as criaturas de Deus; leis que não podem ser infringidas sem que se movimente contra nós a justiça substancial da causalidade.

O fato de sermos, nós os entes humanos, tanto fonte emissora como receptora dessas ondulações vibráteis, cria para nossa categoria de seres mais evoluídos, uma obrigação indeclinável de estudar essas interferências e ressonâncias, para melhor compreensão das altas finalidades da vida. Auscultando-as, medindo a sua intensidade e, mais que tudo isso, transformando ou traduzindo o seu código secreto, é que poderemos funcionar nesse complexo aparelhamento orgânico total, que é o universo, como agentes cooperadores do equilíbrio necessário à marcha ascensional de tudo quanto nos circunda. Dessa cogitação é que nasceu a Psicometria...

Nenhuma vibração, uma vez emitida, jamais se desvanece ou se perde; ela subsiste eternamente gravada tanto no ambiente atmosférico como no duplo etérico de todos os seres e de todas as coisas. No espaço interestelar, ela caminha na sua projeção eterna rumo ao infinito desconhecido.

Os nossos atos, as nossas volições, os nossos pensamentos, que, como fenômenos, são outras tantas vibrações, estão definitivamente engrafadas no nosso duplo ou perispírito, assim como também as reações do mundo exterior que nos atingem. Somos, por assim dizer, filmotecas ambulantes à espera de que os operadores (neste caso, os psicômetras) exibam as “películas” imperceptíveis aos olhares comuns.

É por isso que, dizem as Escrituras, nada há oculto que não se venha a saber; realmente, tudo está arquivado na natureza. Em planos superiores é a lei psicométrica que identifica as personalidades. O nosso subconsciente é a nossa história mentalmente arquivada e pronta a se nos revelar a qualquer momento e, com especialidade, depois do nosso desencarne, para que se faça o exame de consciência.

É fazendo uso da Psicometria que os espíritos perscrutam o próprio passado ou de qualquer outra individualidade. É o livro aberto eternamente, em que a natureza exibe a todo instante a história de cada coisa, de cada ser.

Assim sendo, não há dúvida nenhuma de que a Psicometria representa a espinha dorsal da Revelação e, por isso mesmo, os fenômenos espíritas sempre acompanham os fenômenos psicométricos.

Extraído do livro: Nos Domínios Maravilhosos da Psicometria, de Osvaldo Polidoro.


por: Lenira Baladez


Imagens: google.com


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