segunda-feira, 8 de junho de 2015

O tamanho do saber

"Tudo aquilo que o homem ignora não existe para ele. Por isso o universo de cada um se resume ao tamanho do seu saber."

Albert Eistein

Nas relações interpessoais, doamos ou captamos energias a todo momento. Basta-nos interagir com outras pessoas para trocarmos energias, que podem ser sutis ou densas, ou seja, energeticamente saudáveis ou doentias.

Neste conjunto de relações pessoais, que começa na família, passa pelos âmbitos social e profissional, e termina na intimidade dos relacionamentos amorosos ocasionais ou duradouros, ocorre uma infinidade de situações que podem interferir negativamente na saúde física, psíquica e espiritual de uma pessoa.

Tal desarmonia ocorre, principalmente, quando este indivíduo não possui defesas conscientes e permite doar energia pelo fato de envolver-se emocionalmente com a outra pessoa. É o caso popularmente conhecido como "ombro amigo", aquela pessoa acessível que escuta, aconselha e, muitas vezes, chora junto com o familiar, amigo, conhecido ou, até mesmo, desconhecido que passa por dificuldades na vida.

Neste contexto, ser uma pessoa disposta a ajudar o semelhante pode representar um ato de caridade ou solidariedade. No entanto, este perfil de pessoa é o que mais atrai as energias deletérias de muitos indivíduos que, inconscientemente, sugam energias de seus confidentes. E esta dinâmica de nível inconsciente acontece muito mais do que imaginamos no dia a dia de nossas vidas, inclusive, nas relações entre profissionais da saúde mental e pacientes, que não encontram-se imunes a este tipo de intercâmbio energético.

Em muitos casos, as insatisfações individuais acumuladas geram um potencial energético que busca, desesperadamente, um fio-terra ou um pára-raio humano para descarregar os seus dramas íntimos e aliviar, momentaneamente, a sensação de sofrimento. Ciclo vicioso que ameniza a dor mas não cura a ferida psíquica de origem espiritual que continua a gerar a densa energia que envolve estes indivíduos.

Situação que ocorre porque os confidentes ou pessoas de confiança não estão preparadas para manterem uma neutralidade e não se deixarem envolver pelo aspecto energético-emocional da interação, cujo efeito pode levá-los ao desequilíbrio psíquico-espiritual.

Inevitavelmente, somos o que sintonizamos em função de nossa vigilância ou falta de vigilância diária. Portanto, estar aberto aos outros não significa que tenhamos que resolver os seus problemas ou contra transferir as suas dores ou responsabilidades que são inerentes a cada indivíduo. Nesta lógica, o senso de autorresponsabilidade diante da vida, compete a cada ser pensante em sua jornada vital plena de lições e aprendizados, que são a base para a construção do equilíbrio vital que se reflete na saúde física, psíquica e espiritual.

Portanto, nem todos os espíritos, quando encarnados no corpo físico, estão preparados para ajudar o outro sem correr o risco de se envolverem energeticamente em processos obsessivos, pois a aptidão para o auxílio ao próximo adquire-se com o processo de autoconhecimento que liberta o indivíduo de um ciclo negativo e cura-o das dores da alma.

Somos seres dotados de um fantástico potencial de expansão da consciência. No entanto, muitos indivíduos preferem permanecer no seu lado sombra, ou seja, num ciclo vicioso interminável que ofusca a visão do novo e inibe a iniciativa para o desapego do modelo emocional-comportamental que carregam há muito tempo.

Se observamos a biografia dos grandes benfeitores da humanidade, verificaremos que foram espíritos libertos de sentimentos negativos que tornam a grande maioria de humanos cativos de suas próprias energias, ainda densas e sintonizadas com o passado.

A fase atual que a humanidade atravessa, de transmutação energética denominada Nova Era, exerce pressão para que o homem, gradualmente, liberte-se de seu passado e assuma a nova condição de homem renovado pelo autoconhecimento.

É momento do homem romper com velhos padrões comportamentais, verdadeiros grilhões que mantém o indivíduo prisioneiro de si mesmo, e acabar com o ciclo vicioso das sucessivas reencarnações que bloqueiam a sua expansão consciencial e paralizam a sua evolução espiritual.

É momento do homem compreender o profundo significado do sofrimento e da felicidade no processo vital, e fazer deste conhecimento um trampolim para voos mais altos do espírito.

Enquanto este estágio evolutivo não se realiza, a fase de transição energética serve para que o indivíduo insatisfeito busque formas de autodescoberta para que ele aprenda a lidar melhor com a sua energia na relação consigo próprio, com o outro e com o mundo à sua volta.

É tempo de mudanças e descobertas. Quem ficar no seu "estado de coisas" ligado à energia dos sentimentos negativos, ficará atrasado na sua relação com o relógio cósmico do planeta Terra, que já está, lenta e imperceptivelmente, transmutando a sua energia para um mundo de regeneração espiritual.

E para assumir a atitude pessoal que a Nova Era exige em favor da vida e da evolução, lembremos Osho quando registrou com muita lucidez que "coragem significa enfrentar o desconhecido apesar de todos os medos".

Por: Flávio Bastos - STU


Imagens: google.com


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