sexta-feira, 25 de março de 2011

● Escute seu coração

Ele nos segreda quais os melhores ceminhos a seguir, as decisões mais sabias e nos faz entrar em contato com nossa essência. Mas para isso, é preciso aprender como reconhecer qual é a verdadeira voz do coração. Conheça o poder do orgão que abriga o amor e descubra suas misteriosas qualidades.

Tudo está lá bem dentro do coração: ações boas e más, qualidades e defeitos, emoções negativas e positivas. Intuitamente, já sabemos disso. Se a pessoa é bondosa, dizemos que ela tem um coração de ouro. Se for boa demais, coração mole, de manteiga. De for cruel, é dona de um coração de pedra. Ou, pior, não tem sequer coração...

Ele é o termômetro dos sentimentos. É por isso que sob o peso da tristeza sentimos um aperto no coração. Ou, quando magoados, ficamos com o coração partido. Essa medida também vale para sentimentos positivos: as pessoas de quem mais gostamos moram em nosso coração, e ele explode de felicidade no auge da paixão.

Para quem sabe escutar, o coração fala. Escutar sua voz nos ajuda a tomar decisões mais acertadas e a escolher os caminhos mais próximos da realização pessoal. Suas mensagens podem não ter nenhuma lógica, já que não são baseadas na razão. Mas parecem ser donas de uma sabedoria especial, que a mente, racional e fria, não consegue alcançar.

Aprender a ouvir o que a voz do coração diz, separando a emoção momentânea do sentimento profundo, é um longo caminho. Conhecer esse órgão que bate no peito, com suas várias facetas e qualidades, pode ajudar muito. Descubra como a voz do coração pode se manifestar em sua vida e como ela pode ser identificada na história da humanidade.

Linguagem secreta

Os traços mais altos do eletrocardiograma
mostram a transformação do sentimento:
da raiva às ondas suaves do amor.

O coração é como uma bússola, que nos aponta o melhor caminho. Mas nem sempre temos coragem de segui-lo: "Decisões que não consideram as razões do coração, apesar de se adequar àquilo que os outros esperam, geralmente são acompanhadas por muita dor e sofrimento". explica a psicóloga Denise Gimenez Ramos, autora do livro: "A psique do coração".


Para Denise, a maioria das pessoas age privilegiando as decisões baseadas no raciocínio. "É quando elas se machucam, principalmente nas questões do amor, em que muitas vezes se vai contra o que o coração diz", afirma a psicóloga.

As conseqüências disso são tão sérias que ela desenvolveu uma pesquisa que relaciona os fatores emocionais às doenças cardíacas, as mais fatais do planeta. "Quem não cuida da sua vida amorosa pode somatizar a ansiedade e desenvolver problemas cardíacos", avisa.

Segundo a psicóloga, as principais vítimas de infartos são justamente aqueles que vivem grandes baques emocionais e conflitos amorosos: viúvos, divorciados, solitários. Ou, então pessoas hostis e altamente competitivas que não sabem lidar com o afeto a atenção e a amorosidade.

"Cabeça e coração devem andar juntos. A sabedoria está em saber unir os dois na hora das decisões".

O que não significa seguir cegamente as emoções ou ser sentimental demais, bobo. "O coração é sábio e também consegue dizer não. Ele sabe quando está sendo maltratado e o momento certo para dar um basta na situação".

Como vivemos aprisionados a tomar decisões desconectadas de nossos valores mais profundos, saber ouvir o que nos fala o coração é essencial - mas também uma tarefa difícil. "É preciso se aquietar e se distanciar um pouco do turbilhão da vida". Momentos de silêncio e reflexão e também a prática da meditação são meios eficases para abrir os canais de comunicação com o coração, pois nos colocam em contato com nossa essência mais íntima.

Prestar atenção nos sonhos e nos lampejos intuitivos e usar a criatividade também contribuem para conseguirmos ouvir essa voz. "Pintura, música e outras formas de expressão artística ajudam na expressão das emoções e revelam para nós mesmos o que vai dentro do coração".

Traços irregulares e ponteagudos do eletro
acusam a presença de sentimentos negativos:
raiva, medo e tristeza.


Pesquisas realizadas no Instituto HeartMath, na Califórnia, EUA, mostram que os sentimentos influem diretamente nos registros dos eletrocardiogramas - e na saúde do coração.

A experiência realizada pelos americanos é simples.

Ligada a uma máquina de eletro uma pessoa pensa em cenas do passado que despertaram tristeza, raiva ou dor. Imediatamente, seu eletro passa a registrar traços irregulares e ponteagudos, resultantes desses pensamentos. Depois é pedido que a pessoa dissolva as imagens em cenas que lembrem momentos felizes e amorosos vividos por ela.

As linhas registradas mudam drasticamente e mostram-se onduladas, suaves e titmadas. A diferença é tão grande que os médicos do instituto resolveram aconselhar esse exercício a pessoas com problemas cardíacos - com resultados excelentes.

Outra pesquisa, realizada pelo médico americano paul Persali, é ainda mais surpreendente. Analisando centenas de casos de pessoas que receberam um coração transplantado, ele concluiu que a memória afetiva do doador ainda permanecia no órgão. As pessoas que o receberam reconeciam parentes do doador ou repetiam suas expressões amorosas.


Fonte: A experiência é relatada no livro "A Memória das Células" (Ed. Mercuryo)
Imagens: google.com

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