domingo, 27 de março de 2011

● Pobre de mim

Quanta gente sofre sem necesidade. Sabe qual o maior problema do pobre de mim? Quando você diz: - Sou coitado. Eu não tenho poder, eu não tenho jeito, eu não tenho, eu não tenho... Você fecha interiormente as portas dos recursos que estão no inconsciente e que deveriam emergir nesse momento.

Em vez de dar força e trazer para fora o poder, a criação, a cura, a solução, você acaba fechando e ficando naquela posição miserável, dando cada vez mais passagem para aquilo que o está atormentando, que está lhe fazendo mal. A gente tem que parar com esse vício.

Você já viu alguém com pobre de mim resolver algum problema, sair de uma situação feia para outra melhor? Eu nunca ví. Mas a gente se acha no direito de dizer: - Ah, porque coitado de mim, só eu faço tudo, só eu sou assim... Cai no pobre demim, que é a mesma coisa que o desespero. Tem gente que gosta de ficar desesperada. Qualquer coisa faz escândalo. Há pessoas que agem sem pensar e sem observar a vida. Estão errando e estão fechando os olhos. E, quando se vêem num beco sem saida, fazem escândalo com se isso fosse consertar a vida delas.

Mas como a vida é eterna, se mate ou não, tudo continua, até para pior. Por que você não vira uma pessoa inteligente de uma hora para a outra? Use sua inteligência que Deus lhe deu. Diga: - Que desespero que nada! Nada merece tanta atenção assim. Nada merece estragar as coisas da minha vida. Se uma coisa não está bem, o resto pode estar. Eu não sou o coitado. Sou uma fonte de poder e de conhecimento. Tudo dá muito certo na minha vida. Tudo está a meu favor. Está tudo bom - eu grito. Aí vai ficando bom mesmo, porque a gente puxa as forças positivas.



Calunga (Luiz Gasparretto, têxto do livro "Um dedinho de prosa".)
Imagens: google.com
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