A Representação da Realidade
Os Valores e a Representação da Realidade
Nossos sentimentos experimentados diante dos fatos e das pessoas, sejam eles empáticos, apáticos ou antipáticos, por exemplo, sejam eles de prazer ou de desprazer, de felicidade ou tristeza, etc., dependerão dos valores que atribuímos à realidade. Esses valores, entenda-se, serão sempre uma atribuição do sujeito (capaz de atribuir valores) e não do objeto. Os objetos não se auto-atribuem valores.
Portanto, a representação da realidade, de fato, repousa na capacidade da pessoa atribuir valores, isso é o mesmo que construir uma concepção ontológica individual do real. Segundo o filósofo Nicolai Hartmann, existiriam quatro categorias de valorização possíveis de atribuir-se à realidade no sentido de construir-se uma representação pessoal da existência. Seriam os valores materiais, vitais, anímicos e espirituais . Cada uma dessas categorias necessitaria da anterior para existir e cada uma delas procura se emancipar da anterior.
Para estudarmos as Alterações da Representação, como propõe esse capítulo, teríamos que avaliar as eventuais alterações nessas quatro categorias de valorização do real. Vamos pensar em cada uma dessas categorias separadamente, apesar de sabermos que em nosso interior todas quatro estão intimamente e dinamicamente atreladas umas às outras.
Categoria Material de Valorizar a Realidade
Com a categoria material nos referimos ao corpo, ao fisiologismo da senso-percepção, ao componente neuro-psico-biológico necessário para o contacto primeiro com o mundo que nos rodeia. Construir a realidade a partir do orgânico humano implica na integridade dos órgãos dos sentidos, na integridade das vias nervosas sensitivas, na integridade do Sistema Nervoso Central (SNC) e, principalmente, na capacidade integradora desses estímulos no SNC. Estamos falando das habilidades senso-perceptivas e de suas variações.
A representação da realidade, baseada na categoria material de conhecer o mundo, se dá através da percepção e da sensibilidade perceptiva que a pessoa tem da realidade consciente, anteriormente através dos estímulos que apreendemos pela primeira vez, em seguida, através da transformação dessa percepção em realidade consciente e, por fim, através das percepções posteriores à realidade consciente, onde entram em ação as capacidades de memória, de representação e de integração do SNC.
Sendo diferentes as constituições orgânicas entre as pessoas, diferentemente valorizarão a realidade sob o ponto de vista material (orgânico). Assim sendo, não devemos pretender que uma melodia, uma pintura, um estilo arquitetônico, um requinte culinário, uma paisagem, uma temperatura ambiente ou uma flor sejam igualmente valorizados entre diversas pessoas, nem pretender que nosso próximo valorize qualquer evento da mesma forma como o valorizamos.
Categoria Vital de Valorizar a Realidade
A pessoa aqui e agora pode ser entendida como uma resultância daquilo que ela trouxe ao mundo com aquilo que o mundo lhe deu (fenótipo = genótipo + ambiente). Na categoria vital de valorizar a realidade interessa aquilo que a pessoa trouxe ao mundo, ou seja, seu perfil vital, diga-se, seu perfil personal, diga-se ainda, a constituição básica de sua personalidade. Kurt Schneider se utilizou desse sistema, em seu livro Psicopatologia, para apoiar a idéia das Depressões Vitais, dentro das Alterações Depressivas do Humor.
Segundo Schneider, essas depressões vitais seriam estados afetivos (depressivos) originários do interior da pessoa, de sua sensibilidade afetiva constitucional. Assim como existem pessoas constitucionalmente introvertidas, existiriam também aquelas constitucionalmente mais sentimentais. Através desses sentimentos vitais a realidade teria uma representação pessoal que ultrapassa o meramente real e concreto. Ela estaria atrelada à valores afetivos e sentimentais.
As concepções pessoais da realidade e os sentimentos determinados por nossa categoria vital não seriam baseados exclusivamente em situações reais. Em psiquiatria, quando um sentimento é conseqüente à uma situação real e de fato, chamamos de reativo (em reação à...). A depressão associada à situações reais seria uma Depressão Reativa, ou seja, uma reação depressiva à algum evento desencadeante. É o caso, por exemplo, dos sentimentos depressivos que experimentamos diante de perdas concretas.
Outras conseqüências emocionais à situações reais seriam ainda o Transtorno de Ajustamento com sintomas depressivos ou a Reação Pós-Traumática ao estresse, quando então a pessoa reage à mudanças de vida e acontecimentos desencadeantes. Existem ainda, por outro lado, estados emocionais que valorizam situações imaginárias, representado por exemplo, pela Neurose Depressiva ou, como se prefere atualmente, pelos casos denominados de Distimia, mais leves, ou pelo Episódio Depressivo Leve.
Fossemos adequar essa categoria vital de valorizar a realidade na teoria jungueana , possivelmente encaixaríamos aqui os tipos psicológicos introvertido e extrovertido. Os introvertidos são pessoas que se relacionam centripetamente com o mundo objectual à sua volta, apreendem os objetos, refletem mais do que agem, recebem a realidade mais reservadamente (dando a falsa impressão de apatia e indecisão), tendem à maior complacência, percebem significados simbólicos nas coisas... Enfim, são o contrário dos extrovertidos.
Os extrovertidos, também de natureza vital, são centrífugos, se deslocam e influenciam o mundo objectual, são mais voltados para ação, se entusiasmam mais facilmente, experimentam com intensidade os estímulos externos. Desta forma, não podemos pretender que uma pessoa extrovertida valorize a realidade da mesma forma que outra introvertida. E mesmo dentro dos introvertidos não podemos pretender que existam duas valorizações da realidade exatamente iguais, sabendo de antemão que a sensibilidade pessoal de cada um é diferente, apesar de serem ambos introvertidos.
É por causa dessa maneira vital de valorizar a realidade que não podemos pretender estabelecer rígidos critérios para que o outro perceba e valorize os fatos da mesma maneira como o fazemos. De nada adiantam os conselhos, bem intencionados, é claro, sobre como fulano deveria estar se sentindo diante de um determinado problema. Nossos conselhos e opiniões são baseados naquilo que sentiríamos caso estivéssemos expostos ao mesmo tipo de situação, entretanto, absolutamente, isso não quer dizer nada.
Categoria Anímica de Valorizar a Realidade
Considerando o que foi dito antes, sobre a pessoa aqui-e-agora ser entendida como uma resultância daquilo que ela trouxe ao mundo com aquilo que o mundo lhe deu (fenótipo = genótipo + ambiente), para a categoria anímica de valorizar a realidade interessaria a pessoa aqui e agora (fenótipo). O humor, responsável por esse tipo de valorização da realidade seria o estado afetivo e emocional atual no qual se encontra a pessoa. Este estado de humor atual tem em sua base, tanto os elementos constitucionais responsáveis pelo perfil afetivo de cada um (sensibilidade da personalidade), quanto os resultados da ação do destino pessoal de cada um. Vale aqui o ditado segundo o qual "cachorro mordido de cobra tem medo de lingüiça".
Avaliar a realidade sob o ponto de vista anímico implica em impregná-la com a tonalidade afetiva da personalidade, entendendo-se por personalidade uma constituição dinamicamente atualizada. Enquanto a categoria vital confere uma maneira perene e continuada de se relacionar e valorizar o mundo, a categoria anímica é dinâmica. Exemplo disso são as mudanças de valores durante a vida de uma pessoa, ou mesmo durante um mesmo dia de sua vida, dependendo de seu estado de humor. Pequenas variações anímicas são possíveis ao longo dos dias ou das horas, grandes e sólidas variações anímicas se dão ao longo dos anos.
Para a psiquiatria esse tipo de valorização decorre da sensibilidade afetiva pessoal e circunstancial. Não se trata apenas da valorização baseada na constituição vital de cada um mas, sobretudo, na valorização momentânea e pessoal das situações reais e imaginárias baseada na tonalidade afetiva e sentimental do momento.
Outra peculiaridade da categoria Anímica é a eventual e substancial mudança dessa modalidade de se valorizar a realidade ao longo da vida. Segundo a teoria jungueana, podem ocorrer grandes mudanças na valorização da realidade durante nossas vidas. Essas mudanças de valores e conceitos, de acordo com Jung, costumam acontecer, normalmente, depois dos 30 anos de idade para as mulheres e dos 40 para os homens. É quando ocorre a passagem da fase chamada natural para a fase cultural de nossa vida. Por esta ocasião os valores sofreriam grande e substancial alteração; muito daquilo anteriormente importante deixa de sê-lo e vice-versa.
Dentro do aspecto anímico de valorizar a realidade teríamos as diferenças de valoração de um mesmo problema por diversas pessoas, já que cada qual estaria representando a realidade com humor (ânimo) diferente ou, para ser mais contundente, teríamos até diferentes maneira de valorizar um mesmo problema em dois momentos diferentes numa mesma pessoa, dependendo de seu estado atual de humor.
Os problemas e as adversidades serão enfrentados de maneira muito diferente entre uma pessoa atualmente insegura e outra segura de si, entre uma pessoa otimista e outra pessimista, entre uma pessoa estável e outra ansiosa e assim por diante. Estando uma pessoa estressada, esgotada ou deprimida a valorização da realidade se dará de forma muito mais sofrível e ameaçadora, os problemas terão dimensões muito mais traumáticas, os desafios terão perspectivas muito mais sombrias.
Categoria Espiritual de Valorizar a Realidade
Avaliação espiritual da realidade é aquela que mais se afasta da realidade objetiva, assim como teria tendência em afastar-se também das influências sensitivas, vitais e anímicas. Essa irreverência espiritual para com a realidade objetiva não reflete uma atitude fantasiosa, como acontece no mundo mágico da criança. Trata-se, sim, de um encontro especial de significações para os aspectos mais abrangentes da vida, da existência e até do não existir mais.
Alguns pensadores associam à categoria espiritual de valorizar a realidade os elementos relacionados à Angústia Existencial. Esta Angústia Existencial seria patológica à medida em que se traduz em ansiedade antecipatória, à sensação de abismo, solidão, desconhecido... e seria normal ou fisiológica sempre que servisse à ampliação da consciência que temos do mundo e da vida.
Os sentimentos espirituais são aqueles que tendem para a valorização intelectual, estética, moral e religiosa. A categoria espiritual de valorizar a realidade diz respeito ao modo de ser e de vir-a-ser no mundo, bem como avalia a relação entre o ser e a vida. É aqui que se polariza a questão existencial mais importante do ser. Esta base de sustentação existencial deveria proporcionar conforto e bem estar, entretanto, na sua falta ou enfraquecimento, a ansiedade torna-se opressora, a angústia se exacerba e há retorno para categorias inferiores de valorização da realidade. Volta-se a questões afetivas, constitucionais ou exclusivamente materiais.
Há um ditado, segundo o qual, "quem está bem consigo não se deixa perturbar pelos demais". Esse seria o exemplo da pessoa espiritualmente bem. Essa pessoa teria plena consciência de seu ser e, portanto, não se perturbaria com eventuais opiniões dos demais à seu respeito; não se sentiria diminuído ou humilhado, nem glorificado e exaltado pois, como dissemos, teria plena opinião à respeito das dimensões de seu ser, independentemente das adulações e contrariedades ambientais.
O desenvolvimento da valorização espiritual pode, com freqüência, atenuar alterações mórbidas determinadas pelas outras categorias inferiores e, em casos patológicos, pode determinar profundos sentimentos depressivos, tendo como pano de fundo a angústia patológica. Evidentemente trata-se, a valorização espiritual, da maneira mais eficiente para a adaptação do ser ao seu mundo e à sua vida.
Emoções e Sentimentos
Inicialmente há necessidade de especificar o que são Emoções e o que são Sentimentos. Emoções são complexos psicofisiológicos que se caracterizam por súbitas rupturas de curta duração no equilíbrio afetivo, com repercussões consecutivas sobre a integridade da consciência e sobre a atividade funcional de diversos órgãos.
Por outro lado, Sentimentos são estados afetivos mais duráveis, mais atenuados que as emoções em sua intensidade vivencial, geralmente revestidos de ricas e nobres tonalidades intelectuais e morais e não acompanhados, obrigatoriamente, de correspondentes sintomas orgânicos dignos de nota.
Admite-se que os sentimentos possam provir das emoções que lhes são cronologicamente anteriores e com as quais guardam correlações compreensíveis, quanto aos seus conteúdos respectivos.
As EMOÇÕES podem ser divididas em: Primárias, Secundárias, Mistas e Espirituais, conforme vão se afastando da sensação e se aproximando da espiritualidade. Há uma tendência biológica, portanto uma tendência animalesca, de fazer com que nossos sentimentos e emoções regridam à níveis inferiores sempre que houver ameaças concretas e diretas à sobrevivência.
Isso quer dizer que podemos regredir da cordialidade e polidez para a cólera ou estado de choque diante de uma ameaça brutal à sobrevivência.
Diz um ditado que "quando a miséria entra pela porta da frente a virtude sai pela janela". Pois bem. O que diferencia os seres humanos, já que todos temos esse potencial de regredir na escala das emoções, é o limiar além do qual cada um permite "sua virtude sair pela janela".
Como reagimos à realidade
Poderíamos chamar esse capítulo de INTERAÇÃO DO SUJEITO COM A REALIDADE, ou INTERAÇÃO DO SUJEITO COM O OBJETO. A todo contacto do sujeito com a realidade, seja esta realidade representada pelo outro, pelo fato, pelo evento, etc, haverá sempre por parte do sujeito uma reação à ela na forma de emoções e sentimentos. Esta reação esboçada pelo sujeito ao interagir com a realidade chamamos de Reação Vivencial.
Para entender melhor devemos considerar o que e como são essas Reações Vivenciais e, antes disso até, o que são, de fato, as Vivências. As experiências subjetivas acerca daquilo que vivemos, devidamente valorizado e particularmente representado dentro de nosso ser são as nossas VIVÊNCIAS. Estas são, então, nossos conteúdos conscientes dos dados perceptivos, representativos, ideativos e emotivos em nossa mente ou, de fato, o que estamos vivendo ou foi por nós vivido.
Perder o emprego, por exemplo, pode tratar-se simplesmente de um dado objetivo, quando consultamos seu significado no dicionário ou, por outro lado, pode tratar-se de uma Vivência, quando se trata de perdermos nosso emprego. Neste caso seu significado ultrapassa o dicionário porque está acontecendo conosco, fazendo parte de nossa vida, sendo representado particularmente em nosso interior. Neste caso então, perder o emprego tratar-se-á de nossa Vivência.
Assim sendo, Reação Vivencial é a resposta emocional ou sentimental a uma determinada vivência, ou seja, a maneira pela qual o aparelho psíquico reage às estimulações vivenciais. Um fato típico e fundamental é apresentado ao indivíduo e, a partir daí, determina uma experiência interna e subjetiva, individual e particular.
Tomando-se por base um FATO, considerado aqui um objeto, um acontecimento ou uma situação, ao ser experimentado por um ser humano passa a fazer parte de seu "eu", será, então, introduzido em sua consciência. Uma vez introjetado na consciência este FATO jamais ficará isolado do universo íntimo de cada um. Fará parte do dinamismo que compõe nosso ser e pertencerá, de alguma maneira, à nossa pessoa.
Qualquer que seja o FATO introduzido em nossa consciência receberá, sempre, um tratamento representativo e particular de cada um. Como vimos acima, há várias maneiras de valorizarmos a realidade (material, vital, anímica e espiritual), entretanto, em termos práticos, consideramos maneiras mais atuantes no cotidiano comum das pessoas a anímica e a vital. Ambas dizem respeito à tonalidade e estado afetivo, portanto, passamos a considerar o afeto como o principal elemento a atribuir significado e valor aos fatos (pessoas, objetos, eventos, etc).
Assim sendo, os FATOS serão sempre coloridos pela afetividade de cada um, tal como se passassem por óculos individuais que fazem cada um enxergar o mundo de sua maneira. Finalizando então, o FATO tratado pela Afetividade será chamado de VIVÊNCIA, algo individual e particular a cada um de nós, de acordo com as particularidades de nossos traços afetivos. Os FATOS podem ser os mesmos entre as várias pessoas, as VIVÊNCIAS porém, serão sempre diferente.
Como exemplo médico, podemos dizer que as VIVÊNCIAS são capazes de determinar uma resposta emocional, tal como um alérgeno é capaz de determinar uma resposta imunológica (reação alérgica). A estes sentimentos e emoções produzidos pela vivência podemos chamar de Reação Vivencial, tal como chamaríamos de reação alérgica as manifestações determinadas pelo embate alérgeno-imunidade. Para que uma Reação Vivencial possa ser considerada normal, Jaspers recomenda 3 ingredientes: uma relação causal, uma relação proporcional e temporal.
1 - RELAÇÃO CAUSAL
Não se concebe uma Reação Vivencial normal sem que haja uma vivência causadora. A mãe, por exemplo, tendo sido surpreendida por uma febre alta em seu filho durante a noite, dever reagir emocionalmente a esta "causa" com sentimentos de angústia, ansiedade, apreensão, etc, enfim, sentimentos dentro da expectativa da concordância cultural para este evento. A febre do filho é a vivência causadora.
Há pessoas, emocionalmente instáveis, capazes de manifestar uma crise de angústia, choro ou desespero diante da possibilidade de vir a ser demitido, de vir a perder seus pais, etc. Obviamente, tratam-se de possibilidades, entretanto, não é normal viver experimentando exuberantemente tais sentimentos antecipadamente. As pessoas portadoras de algum transtorno de ansiedade podem experimentar desagradáveis sentimentos de tensão muito antecipadamente, como se o evento futuro fosse tomado por ameaça, porém, tal aspecto ameaçador habita exclusivamente sua consciência e está de acordo com sua maneira de valorizar a realidade.
2 - RELAÇÃO PROPORCIONAL
Em situações normais, os sentimentos determinados pela Reação Vivencial devem guardar uma compreensibilidade e proporcionalidade com a vivência causadora, ou seja, o conteúdo da reação acha-se numa relação compreensível com sua causa. Essa compreensibilidade é mediada pela concordância cultural que se tem sobre as coisas. Utilizando o exemplo anterior, não devemos esperar que a mãe do filho doente e febril atire-se janela abaixo ou descabele-se histericamente diante da situação. Igualmente, não se espera que ela manifeste sentimentos de exaltação e alegria transbordante mas, será compreensível ela apresentar sentimentos de ansiedade, medo, angústia ou inquietação proporcionais à causa.
Na tentativa de buscar sempre um aperfeiçoamento e melhora na maneira de vivermos, devemos ter em mente a questão da proporcionalidade de nossas Reações Vivenciais. Assim como somos perfeitamente capazes de julgar a proporcionalidade das Reações Vivenciais dos outros, podemos também avaliar as nossas. Uma atitude proveitosa seria imaginarmos ser possível sairmos de nós mesmos e, tal como um espectador imparcial, observarmos como estaremos nos conduzindo diante de nossas Vivências.
3 - RELAÇÃO TEMPORAL
Em seu curso temporal a Reação Vivencial deve depender da permanência da Vivência causadora, esmaecendo e, finalmente cessando algum tempo depois de desaparecer a causa. Ainda usando o mesmo exemplo anterior da mãe com filho febril, sua ansiedade e angústia deverão desaparecer quando a saúde do filho for restabelecida. O mesmo acontece, por exemplo, em relação à ansiedade de determinadas pessoas, ao aguardarem o resultado de um exame laboratorial ou o atraso indesejável da menstruação. Tal sentimento dever desaparecer tão logo os resultados sejam satisfatórios.
tem 3 páginas: I > II > III
Para referir:
Ballone GJ - A Realidade do Outro -
Fonte: http://sites.uol.com.br/gballone/voce/outro.html
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