quarta-feira, 15 de julho de 2015

Estágios da Morte, luto ou separação

“As pessoas sempre me perguntam como é a morte. Digo-lhes que é sublime. É a coisa mais fácil que terão que fazer. A vida é dura. A vida é luta. Viver é como ir à escola. Dão a você muitas lições a estudar. Quanto mais você aprende, mais difíceis ficam as lições. Quando aprendemos as lições, a dor se vai.”

“Sei muito pouco sobre a filosofia da reencarnação. Não foi o tipo de educação que recebi. Mas sei agora que existem mistérios da mente, da psiquê, do espírito, que não podem ser examinados em microscópios ou testados com reações químicas. Com o tempo, saberei mais. Com o tempo, vou compreender.”

A única finalidade da vida é crescer. A suprema lição é aprender como amar e ser amado incondicionalmente. Há milhões de pessoas no mundo que estão passando fome. Há milhões sem um teto. Há milhões que sofrem de AIDS. Há milhões de pessoas que sofreram violências. Há milhões de pessoas que padecem de invalidez. Todos os dias, mais alguém, clama por compreensão e compaixão. Escutem o som de suas vozes. Escutem como se o chamado fosse música, uma linda música. Posso garantir que as maiores recompensas da vida inteira virão do fato de vocês abrirem seus corações para os que estão precisando. As maiores bênçãos vêm sempre do ajudar aos outros.

Depois de passar por todas as provas para as quais fomos mandados à Terra como parte de nosso aprendizado, podemos então nos formar. Podemos sair de nosso corpo, que aprisiona a alma como um casulo aprisiona a futura borboleta e, no momento certo, deixá-lo para trás. E estaremos livres da dor, livres dos medos e livres das preocupações... Livres como uma linda borboleta voltando para casa, para Deus... Em um lugar onde nunca estamos sós, onde continuamos a crescer, a cantar, a dançar, onde estamos com aqueles a quem amamos e cercados de mais amor do que jamais poderemos imaginar.

Algumas de suas frases

“A maior dádiva de Deus para nós é a livre escolha. Nada é por acaso. Tudo na vida acontece por uma razão positiva. Se protegermos os canyons dos vendavais, nunca veremos a beleza de seus relevos”.

"Aprenda a entrar em contato com o silêncio dentro de si e saiba que tudo nesta vida tem um propósito".

“As pessoas são como vitrais coloridos: cintilam e brilham quando o sol está do lado de fora, mas quando a escuridão chega, sua verdadeira beleza é revelada apenas se existir luz no interior”.

“Precisamos ensinar à próxima geração de crianças, a partir do primeiro dia, que elas são responsáveis por suas vidas... A maior dádiva da espécie humana, e também sua maior desgraça, é que nós temos livre arbítrio. Podemos fazer nossas escolhas baseadas no amor ou no medo. Devemos sempre tentar alcançar a estrela mais alta”.

“Para aqueles que buscam compreendê-la, a morte é uma imensa força criativa. As mais profundas reflexões espirituais sobre a vida têm sua origem nas reflexões e estudos sobre a morte”.

“Não existem erros, coincidências. Todos os eventos são bênçãos dadas a nós para aprendermos através deles... A chave para o problema da morte abre a porta da vida”. A morte sem sombra de dúvidas é a única certeza de nossas vidas. Todo mundo cresce ouvindo este ditado popular. Entretanto, mesmo sabendo desta árdua verdade poucas pessoas apresentam uma maturação emocional para vivenciá-la de forma harmoniosa. Por estes e outros motivos o processo de luto sempre esteve presente tanto no campo da Psiquiatria como no da Psicologia.

Diante desta realidade em 1969 a Psiquiatra Elizabeth Kübler-Ross propõe uma descrição do processo de luto e perda categorizando-os em cinco estágios pelo qual as pessoas passam a lidar com a morte e o morrer. O Modelo de Kübler-Ross propõe uma descrição de cinco estágios discretos pelo qual as pessoas passam a lidar com a perda, o luto e a tragédia. Segundo esse modelo, pacientes com doenças terminais passam por esses estágios.

O modelo foi apresentado por Kübler-Ross em seu livro "Sobre a morte e o morrer", publicado originalmente em 1969 (KÜBLER-ROSS, 1998).

Os estágios são conhecidos hoje como "Os Cinco Estágios do Luto" (ou da Dor da Morte, ou da Perspectiva da Morte). São eles: negação, raiva, barganha (negociação com Deus), depressão e aceitação. Nem todos os pacientes passam seqüencialmente por todas estas fases.

1º) negação: o doente nega a doença, "amortecendo" o impacto do diagnóstico;

2º) revolta: quando não é mais possível negar, a negação é substituída por sentimentos de revolta e ressentimento;

3º) barganha: já que a revolta não resolve o problema, tenta-se obter a cura através de barganhas e promessas a Deus;

4º) depressão: (interiorização), surgem lamentações, queixas, desinteresse e a necessidade de ficar só;

5º) aceitação: não há mais depressão ou raiva, mas uma contemplação do fim próximo com um certo grau de tranqüila expectativa, e a compreensão de que a vida chegou ao fim.

Exemplo dos estágios: (discurso do paciente)

Negação e Isolamento: "Isso não pode estar acontecendo."

Cólera (Raiva): "Por que eu? Não é justo."

Negociação: "Me deixe viver apenas até meus filhos crescerem."

Depressão: "Estou tão triste. Por que me preocupar com qualquer coisa?"

Aceitação: "Tudo vai acabar bem."

Kübler-Ross originalmente aplicou estes estágios para qualquer forma de perda pessoal catastrófica, desde a morte de um ente querido e até o divórcio. Também alega que estes estágios nem sempre ocorrem nesta ordem, nem são todos experimentados por todos os pacientes, mas afirmou que uma pessoa sempre apresentará pelo menos dois.

Do Ponto de vista da Psicologia / Psicanálise, pode-se entender os cinco estágios da seguinte forma:

- A negação/isolamento são mecanismos de defesas temporários do ego contra a dor psíquica diante da morte;

- O ego, não conseguindo manter a negação, dá espaço para o sentimento de raiva acompanhado de inveja e ressentimento.

- A pessoa, vendo que negação e raiva não resolveu, passa a barganha. Principalmente conversando com Deus.

- Negar não adiantou. Nem se revoltar. Nem tentar negociar. Então a pessoa entra em depressão. É quando se percebe a realidade.

- E por fim, quando vê que não tem jeito mesmo, a pessoa aceita.

“Aprenda a entrar em contato com o silêncio dentro de si e saiba que tudo nesta vida tem um propósito.”

Por: Elisabeth Kubler-Ross


Imagens: google.com


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