Dissemos que a Intenção era o segundo princípio que iríamos expor. Mas, a palavra que devemos usar é "Vontade". A primeira chave já foi dada, devemos estar atentos, e vigiarmos. Só vigiar não basta. Devemos ter a intenção de vigiar. Quando dizemos vontade, pensamos imediatamente em desejos, ambições, esforço para obter alguma coisa, razões e raciocínios para agir.
Porém, não será disso que falarei.
Estamos procurando abrir as portas do secreto, do oculto, do além, da mística e já compreendemos que esse conhecimento está dentro de nós. Por que não o atingimos ainda? Eis que trago mais uma das chaves que vos faltou – a Intenção. Esta intenção, esta vontade de abrir as portas do secreto, também não exige esforço. É uma intenção passiva e que se traduz pela exclusão. Se queremos, se temos a intenção de compreender o oculto, devemos excluir tudo o mais. Devemos libertar nossa atenção de todos os conflitos, para que fique somente a intenção, o abandono ao Absoluto...
Será difícil? Não o será, se, com um pouco de paciência, prosseguimos para as demais chaves. Cada uma isolada leva a becos sem saída. Poderemos ver à frente que a intenção é global. Se quisermos abrir todas as chaves, essa é a verdadeira intenção.
Cada chave vai adquirir nova profundidade quando conhecermos a seguinte, após ter esclarecido ou confirmado a anterior. Nenhuma é menos importante que as demais. Todas funcionam sem esforço e todas são do nosso interior. Só nós poderemos usa-las.
Até este ponto, já sabemos que o começo da descoberta do oculto que está dentro de nós, começa com a Vigilância, mas trata-se de uma Vigilância com a Intenção global de alcançar a verdade que se esconde dentro de nós. É uma Intenção especialíssima, portanto.
Boa reflexão.
Por: Mestre Praxedes
Imagens: google.com
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