Quando os seus véus forem caindo, quando seu auto-conhecimento for caminhando decididamente, no rumo certo, e o seu “Eu” ficar mais livre dos terríveis pesos dos egoísmos e dos condicionamentos, dos hábitos e dos preconceitos, você terá contato com um fenômeno ainda estranho ao ocidental e que alguns já vislumbram, que é o conhecimento direto das coisas.
Abstratamente, dizemos que conhecer é identificar-se com o objeto do conhecimento.
Como podemos alcançar essa identificação se estamos envoltos em brumas? Com o auto-conhecimento sairemos das brumas e talvez você se assuste com a luz. Por isso te darei mais esta chave como precaução. Pois, começarás a ver as coisas todas do mundo em vertigens de atingimento direto. Pensarás ter atingido poderes secretos e você se lançará ao seu uso. Não se iluda, como tantos que palmilharam esse caminho. Cairás como eles no vazio do seu próprio egoísmo. Acreditarás que eram demônios ou espíritos que iludiram e depois foram embora.
Previno-o que o fenômeno é natural – quem tinha dez véus sobre os olhos e tirou nove, vê melhor do que os que continuam com seis ou quatro.
No ocidente, estudam este fato com nomes como telepatia, telecinese, premonição, vidência, profecia, em ciência com o nome de Parapsicologia. Falam em "dons", "poderes", etc.. Facilmente, a literatura vende a "terceira visão", falsos profetas e mais frustrações.
Você compreende que qualquer um pode chegar lá. Qualquer um que se desprenda dos seus véus atingirá em sucessivos graus e por tempos cada vez superiores o conhecimento direto ou a intuição. E sempre, será obtido esse estado sem esforço. Basta deixar que ele ocorra sem procurá-lo. Irá sua mente ao além, ao futuro, ao passado, ao oculto, ao distante, às outras mentes, às coisas. É o começo do verdadeiro Conhecimento.
Na medida em que você souber usar as chaves que já foram transmitidas, assim chegarás ao conhecimento direto. No auto-conhecimento você será libertado de tudo que te oprime. Poderás assim, usar a intuição. Porém, o fenômeno intuitivo chega bem antes de concluir a libertação e a anulação do “Eu”. Esta chave deve ser bem usada, para concluir o auto-conhecimento pela identificação com as demais coisas, incluso nelas todos seus semelhantes.
Esta é a chave de ouro para aferir o seu grau de libertação e permitir o uso da sexta chave. Só quando todos os véus caírem é que verás as coisas com perfeição. Se sua intuição avança e depois cai, perguntai a vocês mesmos a causa. Tudo que vos sucede tem como causa algo dentro de vós mesmos: criastes ou recriastes mais um véu?
Boa reflexão
Mensagem de: Mestre Praxedes
Imagens: google.com
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