Eu gostaria de fazer um curso de pós-graduação, mas o que ganho é insuficiente. Eu poderia ter montar um negócio próprio, mas não tenho capital. “Seria bom fazer ginástica regularmente, mas não tenho tempo.” Qual é o tom em que se dizem tais frases?
Há pessoas que as dizem em tom de comentário, querendo dizer que tão logo seja possível efetivamente farão o que pretendem - já estão a caminho de consegui-lo.
Porém, há pessoas que dizem as mesmas frases em tom de lamúria, apresentando-se como vítimas de terríveis circunstâncias do destino. Coitadinhas, tão espetaculares, poderiam chegar tão longe, mas o pai, o marido, o filho, o patrão, o bispo não deixaram! Ora, quem diz essas frases com tom de vítimas crônicas estão espantando qualquer possibilidade de cooperação, porque ninguém quer investir em pessoa que acha que as circunstâncias externas as governam. São pessoas passivas, que inviabilizam qualquer investimento.
Como ajudar uma vítima crônica?
Não alimentando sua autopiedade. Por exemplo: A pessoa diz: "Eu sempre quis estudar, mas meus pais eram ignorantes e não deixaram". Você pergunta: "E nos 20 anos seguintes, o que impediu seu progresso?”.
Apresentando saídas ao círculo vicioso em que a pessoa acredita viver. Por exemplo: A pessoa diz que não cresce porque o chefe não deixa. Você, com genuína intenção de ajudar, observa: “Acho que você tem de se preparar para mudar de chefe, para buscar um lugar onde as coisas possam ser melhores para você. Reclamar não resolve a questão.”
Oferecendo alertas bem intencionados, com amor. A pessoa diz que quer fazer pós mas não tem recursos. Você pode dizer: "Não leve a mal, mas acho você uma pessoa muito capaz de buscar soluções e lutar mais por seus objetivos. Eventualmente você dá a impressão de ser vítima de forças externas, mas acho que... Talvez nessa auto-imagem esteja o problema!”
Por: José Antonio Rosa
Imagens: google.com
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