quinta-feira, 26 de julho de 2012

Dia dos avós



Não tenho mais como abraçá-los e beijá-los, mas ainda tenho o calor de seus braços me envolvendo.

Não tenho mais como ir à sua casa e deitar minha cabeça em seu colo, mas tenho os seus afagos impregnados em meus cabelos.

Não tenho mais como brincar de casinha aos pés de sua cama, mas tenho como não me esquecer do tapete rosa e preto em que me sentava.

Não tenho mais o toque delicado em seus cabelos finos e brancos, mas guardo nas mãos a leveza de tê-los tocado.

Não tenho mais como pedir para fazer um bife com batatas fritas com ovos estalados e guaraná, mas tenho como fazer minha refeição predileta e lembrar de como era quando almoçávamos juntos.

Não tenho mais como passear aos sábados no Alphaville com vocês, mas tenho como ir até lá, sentar-me a sombra dos pinheiros e lembrar das tardes que passávamos juntos ali, junto com meus primos.

Não tenho mais as tardes em que sentávamos na laje, protegidos por um cobertor, mas tenho como me sentar lá e lembrar de vocês.

Não tenho mais nada que seja no plano físico com vocês, a não ser as fotos guardadas, mas tenho a certeza que, onde quer que vocês estejam, estarão olhando por mim e me acompanhando por toda a minha vida.

Além de todas essas certezas, ainda tenho outras.

Tenho a certeza que vocês estão ao lado do Pai.
Tenho certeza de que os visito sempre em oração.
Tenho certeza que vocês estão em minha razão e em minha emoção.
Tenho certeza que seus ensinamentos estarão sempre comigo,
e, tenho a certeza que um dia, estaremos todos juntos de novo.




Por: Bia Fernandes

Imagens: google.com

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