quinta-feira, 7 de junho de 2012

Constelação familiar sistemicas (videos)



Constelação Sistêmica é uma abordagem terapêutica através da qual torna-se possível identificar e solucionar problemas e conflitos de pessoas, empresas e organizações. Vem da compreensão Sistêmica Fenomenológica, que preconiza que todo indivíduo é integrante de um sistema, e como tal, sofre influências de outros membros do sistema.

Nos sistemas familiares, questões vivenciadas por gerações anteriores, como por exemplo, injustiças cometidas, mortes precoces, suicídios, podem inconscientemente afetar a vida de seus familiares com enfermidades inexplicáveis, depressões, novos suicídios, relações de conflito, transtornos físicos e psíquicos, dificuldade de estabelecer relações duradouras com parceiros, comportamentos conflitantes entre familiares, etc.

Bert Hellinger, filósofo e psicoterapeuta alemão, descobriu que por amor, lealdade e fidelidade à família, quando algum ancestral deixa situações por resolver, pessoas de gerações seguintes trarão o sentimento e o comportamento, a ação para a resolução dessas situações, “emaranhando-se” e permanecendo, assim, prisioneiros a fatos e eventos pelos quais não são responsáveis e muitas vezes sequer têm conhecimento. Esta é a herança afetiva, uma transmissão transgeracional de problemas familiares, que acaba criando uma seqüência de destinos trágicos.

Nas Constelações Sistêmicas, configurando a família através de representantes, é possível que se restabeleçam as “Ordens do Amor”, trazendo solução às dinâmicas familiares. Do mesmo modo ocorre nas Constelações que envolvem empresas e organizações.

A constelação Sistêmica Familiar possibilita a conscientização do papel e da forma que as pessoas estão enredadas dentro do sistema familiar, atuando nos processos de desemaranhamento e harmonização de vínculos em famílias que possuem casos de ressentimentos, co-dependência, relacionamentos destrutivos, doenças psicossomáticas, alcoolismo, abortos, incesto, suicídio, mortes precoces, pessoas excluídas, conflitos inexplicáveis etc.

O trabalho sistêmico empresarial permite uma visão clara e objetiva dos emaranhados dentro de empresas, organizações, comércios, consultórios, departamentos etc. No campo sistêmico é possível verificar as origens dos conflitos e experienciar novas soluções, possibilitando uma melhor dinâmica de funcionamento para a empresa.

Nas Constelações de Casais, as dificuldades pessoais, assim como problemas de relacionamentos são possíveis de serem configurados através de representantes, observados os inúmeros emaranhamentos que afetam o casal e encontrar soluções adequadas para a relação.

Esta abordagem traz vantagens especiais quando comparada com outras formas de terapia, como a rapidez, a profundidade e a simplicidade com que se processa.

É um trabalho desenvolvido em grupo, onde o processo de aprendizado acontece simultaneamente com o cliente, com os representantes e com quem está apenas assistindo. Na maioria das vezes, são necessárias uma ou duas sessões de intervenção.

Fonte: http://www.analuciabragaconstelacao.com.br/

Introdução e Desenvolvimento do método

Hellinger desenvolveu seu método a partir de observações empíricas, fundamentadas em diversas formas de psicoterapia familiar, dos padrões de comportamento que se repetem nas famílias e grupos familiares ao longo de gerações.

Esse filósofo deparou-se com um fenômeno descortinado pela psicoterapeuta americana Virginia Satir nos anos 70, quando esta trabalhava com o seu método das “esculturas familiares”: que uma pessoa estranha, convocada a representar um membro da família, passa a se sentir exatamente como a pessoa a qual representa, às vezes reproduzindo, de forma exata, sintomas físicos da pessoa a qual representa, mesmo sem saber nada a respeito dela.

Esse fenômeno, ainda muito pouco compreendido e explicado, já havia sido descrito anteriormente por Levy Moreno, criador do psicodrama. Algumas hipóteses têm sido levantadas também utilizando-se da teoria de evolução dos "campos morfogenéticos", formulada pelo biólogo britânico Rupert Sheldrake.

De posse de detalhadas observações sobre tal fenômeno, Hellinger adquiriu experiência e, baseado ainda na técnica descrita por Eric Berne e aprimorada por sua seguidora Fanita English de “análise de histórias”, descobriu que muitos problemas, dificuldades e mesmo doenças de seus clientes estavam ligadas a destinos de membros anteriores de seu grupo familiar.

As descobertas fundamentais

Hellinger descobriu alguns pontos esclarecedores sobre a dinâmica da sensação de “consciência leve” e “consciencia pesada”, e propôs uma “consciência de clã” (por ele também chamada de “alma”-- no sentido de algo que dá movimento , que “anima”), que se norteia por “ordens” arcaicas simples, que ele denominou de “ordens do amor”, e demonstrou a forma como essa consciência nos enreda inconscientemente na repetição do destino de outros membros do grupo familiar. Essas ordens do amor referem-se a três princípios norteadores:

1 - a necessidade de pertencer ao grupo ou clã
2 - a necessidade de equilíbrio entre o dar e o receber nos relacionamentos
3 - a necessidade de hierarquia dentro do grupo ou clã
As ordens do amor são forças dinâmicas e articuladas que atuam em nossas famílias ou relacionamentos íntimos. Percebemos a desordem dessas forças sob a forma de sofrimento e doença. Em contrapartida, percebemos seu fluxo harmonioso como uma sensação de estar bem no mundo.

O procedimento

A “constelação familiar” consiste em um método no qual um cliente apresenta um tema de trabalho e, em seguida, o terapeuta solicita informações factuais sobre a vida de membros de sua família, como mortes precoces, suicídios, assassinatos, doenças graves, casamentos anteriores, número de filhos ou irmãos.

Com base nessas informações, solicita-se ao cliente que escolha entre outros membros do grupo, de preferência estranhos a sua história, alguns para representar membros do grupo familiar ou ele mesmo. Esses representantes são dispostos no espaço de trabalho de forma a representar como o cliente sente que se apresentam as relações entre tais membros. Em seguida, guiado pelas reações desses representantes, pelo conhecimento das "ordens do amor" e pela sua conexão com o sistema familiar do cliente, o terapeuta conduz, quando possível, os representantes até uma imagem de solução onde todos os representantes tenham um lugar e se sintam bem dentro do sistema familiar.

Nos anos recentes (2003-2005)

Hellinger apurou sua forma de trabalho para um desenvolvimento ainda mais abrangente, que ele denominou de "movimentos da alma". Estes abrangem contextos mais amplos do que o grupo familiar, tais como o grupo étnico. Descobriu e descreveu ainda os efeitos das intervenções (chamado de “ajuda”) e os princípios que efetivamente norteiam a ajuda efetiva, criando assim também as chamadas “ordens da ajuda”.

Aplicações

A abordagem apresenta uma vasta gama de aplicações práticas devido aos seus efeitos esclarecedores no campo das relações humanas, como:

Melhoria das relações familiares
Melhoria das relações interpessoais nas empresas
Melhoria das relações no ambiente educacional
Tais aplicações deram início a abordagens derivadas, denominadas de constelações familiares, constelações organizacionais e pedagogia sistêmica.

Críticas

Embora os participantes de sessões de Constelações Familiares reportem resultados positivos (Cohen 2009; Cohen 2005; Franke 2003; Lynch & Tucker 2005; Payne 2005), a abordagem diverge explicitamente de muitas psicoterapias cognitivas, comportamentais e psicodinâmicas. Como o método utilizado pelas Constelações Familiares não se deixa ser validado empiricamente por métodos de investigação científicos, só pode ser defendido numa abordagem fenomenológica.

Referências

Hellinger possui uma vasta literatura publicada em mais de 10 idiomas, especialmente em alemão. Em português possui diversos livros publicados pela editora Cultrix e pela Editora Atman.

Os mais significativos são:

A fonte não precisa perguntar pelo caminho - Ed. Atman
Ordens do Amor - Ed. Cultrix
Ordens da Ajuda - Ed. Atman


Videos de Constelações familiares

Herança



Auto-valorização




Relacionamento do casal



Relacionamento de pais e filhos




Dúvidas destino




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