quinta-feira, 26 de maio de 2011

● Persistente, sim! Teimosa, não!

Certa vez, conversando com um casal amigo, assisti a uma discussão entre os dois. Ele a acusava de ser teimosa, enquanto ela se dizia perseverante. Resisti à tentação de opinar, mas fiquei me perguntando quem dos dois estaria certo. Afinal, qual é a diferença entre teimosia e persistência? Quando estamos sendo firmes/coerentes ou sendo teimosos?

Perseverança é imprescindível para o progresso, pois nos leva aos nossos objetivos. Graças a ela damos continuidade ao que fazemos – seja a conquista do diploma, a construção da casa e por aí vai. Os grandes músicos, inventores e cientistas persistiram até o fim, mesmo não obtendo sucesso imediato (vários só foram reconhecidos depois de mortos).

Mas se a persistência é um bem, em qual ponto ela vira teimosia? Simples: ser teimosa significa querer algo impossível; continuar com o que não funciona nem nunca funcionará. Alguns seguem teimando até depois de mortos, resistindo às mudanças. Preferem cultivar a ilusão.

Pois há quem diga que é preciso ter ilusões para ser feliz. Esses têm uma visão muito distorcida do que é a vida. Preferem enxergá-la pelo lado negativo e, quanto mais o fazem, mais mergulham no transitório e se distanciam do verdadeiro. Sempre que a pessoa teima é por acreditar que está sendo perseverante.

Confunde as duas coisas e só decide mudar quando descobre o engano. Isso tem dado muito trabalho a psiquiatras, psicólogos, conselheiros e até aos guias espirituais, já que todos se dedicam à ingrata tarefa de esclarecimento do espírito.

E você, como se vê? Acaba as tarefas, conclui os cursos, leva adiante os planos? Quando algo sai errado, procura olhar os vários lados da questão e tenta outras formas para chegar a um bom resultado? Se sim, parabéns: você está sendo persistente e conseguirá o que deseja.

Entretanto, você está sendo teimosa quando:

· Nota os pontos fracos da pessoa com quem se relaciona. Porém, por mais que todo mundo alerte para a gravidade deles, finge não ver e continua com o parceiro que a faz infeliz.

· Cisma que aquele parente viciado é seu carma e, apesar de ele viver infernizando todos ao redor e ser irresponsável, você o protege. Mesmo sofrendo, paga suas contas e acha que só um milagre seria capaz de mudá-lo.

· Descobre detestar a faculdade que está cursando, mas “tem que” ir até o fim, pois se desistir, “o que irão pensar de você?”.

Saia dessa! A resistência às mudanças, o medo do novo, a falta de fé e de confiança em Deus geram ansiedade. Ansiedade é o receio do futuro. Há pessoas com tanta certeza que a vida é sofrimento que vivem apavoradas tentando precaver-se. Para isso, criam regras, agarram-se a elas e rejeitam tudo o que não esteja dentro delas. Perdem todo o contato com sua intuição, com o instinto natural de defesa do corpo, tornam-se robôs do intelectualismo materialista.

Se você está na teimosia e quer continuar assim, colherá desilusão cedo ou tarde. Mas se quer enfrentar seus temores, deixe de lado todas as regras, volte a atenção para a sua intuição, ligue-se ao espiritual, abra-se à verdade sem ideias preconceituosas. Chega de ter ótimas ideias para criar grandes coisas e não fazer nada por falta de persistência! E a vida se encarregará de mostrar-lhe seus encantos, sua beleza, sua perfeição. Você, então, será apenas perseverante. Teimosa nunca mais!




Palavras de: Zíbia Gasparetto
Imagens: google.com


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