Todos nós, em algum momento da vida, experimentamos algum tipo de frustração. A frustração é um sentimento que se desenvolve quando nos vemos privados de uma satisfação que nos parece legítima, mesmo que às vezes não tenhamos razão.
As causas da frustração tanto podem ser a ausência de coisas materiais que ambicionamos possuir, como a presença de um obstáculo exterior para que concretizemos nossos desejos.
Porém, algumas vezes vivenciamos uma sensação de proibição interior gerada por causas psíquicas que derivam de conflitos vivenciados na infância. Estas causas determinam frustrações mais profundas que, para serem vencidas, exigem um trabalho de interiorização e investigação a ser feito através de uma terapia psicológica, para determinar com precisão sua origem.
Muitas vezes a auto análise e uma grande capacidade de reflexão pode ajudar-nos a melhor compreender as razões de nossas frustrações, entretanto, dependendo do grau em que se desenvolveram, a ajuda profissional é imprescindível
As pequenas frustrações do dia-a-dia são, de modo geral, fáceis de serem contornadas. Entender que nem todos os nossos desejos podem ser satisfeitos é o primeiro passo para aprendermos a lidar com o sentimento de frustração. Outro fator importante é adquirir a consciência de que tudo na vida tem o momento certo para acontecer e nem sempre acontece com a rapidez que desejamos.
Essa consciência nos ajuda a lidar com as frustrações de forma mais sábia e equilibrada, uma vez que alcançar determinados objetivos nem sempre depende unicamente de nós. Muitas vezes, existem outras pessoas envolvidas e precisamos entender e aceitar que seu tempo de agir é diferente do nosso.
O problema é quando não conseguimos realizar nossos mais profundos anseios por medo, insegurança, falta de autoconfiança ou outra limitação interior. Neste caso, somos tomados por um sentimento de incapacidade que torna o sentimento de frustração ainda mais intenso.
Estabelecer claramente as causas de nossas frustrações permite-nos determinar quais aquelas que dependem unicamente de nossas atitudes para serem combatidas, e agir de modo a reduzir este sentimento.
A criança e o adolescente que vivenciam o ego de forma intensa não toleram ver frustrados os seus desejos e se enraivecem quando isso acontece.
Mas, à medida que amadurecemos, precisamos aprender, ainda que a duras penas, que nem todos os nossos desejos podem ser satisfeitos e que as frustrações são parte inerente da vida adulta. Conseguir encará-las com realismo é um passo essencial para o nosso crescimento interior.
O importante é não perder de vista que libertar-se da frustração exige uma atitude de nossa parte, caso contrário nos tornaremos amargos, mal-humorados e incapazes de usufruir os bons momentos da vida.
Elisabeth Cavalcante - Stum
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