sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Mediunidade e influências astrais

Há algum tempo, a leitora Mayara enviou uma dúvida num comentário:

Grace, o que acontece com uma pessoa médium que não assume tal postura (por não saber que é médium ou por negligenciar isso)?



Achei que a resposta merecia um post mais esclarecedor, afinal o assunto é vasto e complexo. Para começar, esclareço que TODO MUNDO é médium em alguma medida, não importa se a pessoa ignora ou nega isso. E o motivo é muito simples: somos aparelhos emissores e receptores de energias, na forma de vibrações mentais e emocionais.

Pense numa TV. Para assistir um canal, é preciso ligá-la e escolher algum, a fim de receber o sinal da emissora. Nós somos como TVs ligadas 24 horas por dia, todos os dias do ano, e sintonizando continuamente com faixas do astral, de acordo com o que pensamos e sentimos. Por isso que reforço sempre a importância do vigiar, afinal NUNCA desligamos, nem mesmo após a morte do corpo físico.

Como ter certeza de que as ideias e os sentimentos aí dentro de você são REALMENTE seus? Na maior parte do tempo, você é influenciado pelo astral coletivo, sim. Aliás, segundo amigos espirituais, pelo menos 80% do que se passa dentro de nós NÃO é nosso! É muita coisa mesmo, mas nem chega a surpreender, se considerarmos que estamos mergulhados no inconsciente coletivo, constantemente ligados com os demais e não temos uma vigilância atenta em 100% do tempo.

O que comumente se chama de mediunidade é uma hipersensibilidade ao astral, ou seja, o indivíduo possui uma antena mais sensível, com maior capacidade de captar energias tanto do plano físico quanto extrafísico. Quando essa aptidão lhe permite receber, com distinção, as comunicações de seres desencarnados, seja pelo pensamento (telepatia ou inspiração mediúnica) ou pela psicofonia (o espírito se expressa pela boca do médium), então a mediunidade é ostensiva.

É importante esclarecer que o espírito comunicante não entra propriamente no corpo do médium (aquele que serve de meio, intermediário entre os dois mundos), portanto não é correto dizer que ele incorpora. Aprendi, com meu pessoal, que o mais apropriado é usar o termo mediunizar. Assim, o espírito mediuniza no médium e este fica mediunizado.

Muita, mas muita gente mesmo capta pensamentos e sentimentos de desencarnados sem saber. E justamente por achar que é tudo seu, assume assim e aceita sem resistência. Se for um material positivo, ok, e muitos artistas e escritores, por exemplo, atuam como canais da espiritualidade sem desconfiarem sequer de que existe, de fato, vida após a morte. Porque mediunidade não é um fenômeno exclusivo de algumas religiões e, sim, uma capacidade inata do ser humano.

A questão complica quando a pessoa é influenciada de forma negativa, seja por um espírito obsessor (aquele que tenta exercer sua vontade para dominar outro alguém) ou um simples encosto (desencarnado que acompanha um encarnado e não necessariamente quer prejudicá-lo, embora possa até fazê-lo sem notar). Ou influenciada apenas por energias que estão por aí no astral.

Vale lembrar que TUDO no Universo é energia, inclusive pensamento e sentimento. E energia tem peso, tanto que, após um descarrego ou limpeza, é comum uma sensação de leveza. Aliás, não fosse o incômodo que uma energia negativa gera, podendo chegar à dor física, não perceberíamos algo desarmônico em nós nem providenciaríamos um alívio. Dica: se a desarmonia física não tem causa detectada pela Medicina, é porque é de fundo energético.

É comum alguém sofrer de uma dor crônica que não é curada com remédio, emplastro, massagem, acupuntura e outras tentativas voltadas ao aspecto material do ser. Nosso corpo tem uma inteligência própria e fantástica, e a dor nada mais é do que seu modo de sinalizar que algo em nós não vai bem. Mais especificamente, uma atitude negativa que nutrimos e que, em geral, tem a ver com medo.

Através do medo, ensinamos nossas forças inconscientes a nos segurarem em determinadas situações, a fim de nos protegerem de um perigo que, em nossa cabeça, acreditamos ser real. E como a natureza da energia é fluir, sempre que ela fica presa por certo tempo, começa a criar um desconforto físico no local. Contudo, já atendi gente cuja origem da dor não era nenhum tipo de medo, apenas um condicionamento ruim de carregar o fardo alheio, assumindo responsabilidades desnecessárias. Eliminada tal atitude com uma conversa e um trabalho de caráter energético com o corpo, a dor sumiu como que por milagre. E eu atendendo por tel./internet, sem necessidade de tocar ou dar um passe na pessoa.

Basta você ter um pensamento ou sentimento para sintonizar, de modo automático, com o respectivo astral. E o que é esse astral? Nada mais nada menos do que a soma das mesmas vibrações emanadas por todos os seres nessa faixa, sejam eles encarnados ou desencarnados. E, como o coletivo é maior (imenso, na verdade) e mais forte, é óbvio que acaba reforçando e até aumentando tremendamente o que você emitiu a princípio.

Por isso que é muito difícil, para tanta gente, sair de um estado depressivo, por exemplo. Pouco adianta um remédio de tarja preta e uma boa terapia convencional, se a criatura continua energeticamente subjugada pela ligação com TODOS os depressivos do planeta, incluindo o povo desequilibrado do umbral ou baixo astral. Gente, isso de conexão com correntes astrais é sério demais! Especialmente por causa da ignorância a respeito. Como se defender de um jugo desconhecido e invisível?

Quem é hipersensível ou médium capta com mais facilidade QUALQUER coisa no astral, daí a importância e necessidade de adquirir um bom nível de autoconhecimento, autodomínio e vigilância. Porque receber inspirações e energias boas é ótimo, claro, porém o bombardeio da negatividade alheia, além do assédio das Trevas, não é brincadeira, não. Mesmo quem tem uma pele mais grossa, digamos assim, não escapa disso, então imagine quem é mais “permeável”.

E aqui eu volto à questão da Mayara: “o que acontece com uma pessoa médium que não assume tal postura (por não saber que é médium ou por negligenciar isso)?” Resposta: ela se ferra mais que os outros. Na prática, tende a ser mais desequilibrada: do nada, dá um piti, apresenta grandes e imprevisíveis variações de humor, agressividade ou tristeza súbita, sem causa aparente.

Dica valiosa: tudo que é de repente, desconfie não ser seu. E mande embora para o lugar de onde veio, não aceite em você, não importa a origem da coisa ruim. Pense comigo: se todo sentimento é desencadeado por um pensamento, então uma tristeza genuinamente sua tem, obrigatoriamente, de ter sido gerada por um processo mental seu nesse sentido. Ou seja: você começou a pensar em coisas tristes, particularmente que aconteceram com você ou alguém querido, e ficou triste em seguida. Agora, se você estava bem e DO NADA sentiu um aperto no peito, é porque não é seu, né?

Achar que tudo que se passa aí dentro tem origem em si e, portanto, é seu, é um grande engano. Por outro lado, quando você vigia e questiona, recusando o que vem de fora e causa desconforto ou sofrimento, passa a ter muito mais controle sobre si e seu bem-estar. Além de aprender a se defender do astral negativo, não importa se você sintoniza nele sem querer ou se alguém lhe envia uma carga ruim. Você PRECISA aprender a cuidar de si em todos os sentidos, inclusive nesse, pois é a única pessoa aí dentro capaz disso.

Não dá para depender de outras pessoas, encarnadas ou não, para ficarem defendendo e limpando você o tempo todo ou apenas em casos de emergência. É evidente que uma boa ajuda sempre é válida e bem-vinda, mas ser independente não tem preço, além de reforçar o poder pessoal. Ficar atrás de descarrego em centro ou terreiro, pedir auxílio de guias ou mentores espirituais, tudo isso é alimentar uma posição infantil de coitado, impotente e mendigo espiritual. Você é perfeitamente capaz de aprender a se cuidar, não precisa ficar pedindo para os outros fazerem um serviço que é obrigação SUA.

Tudo que não sabemos, podemos aprender. No entanto, a questão básica é: se você se mantém limpo, não precisa de ninguém para lhe dar banho e esfregar seus cascões. Porque, depois de um tempo absorvendo tanta negatividade do mundo, em virtude de alimentar o negativo em si mesmo (a causa SEMPRE está em nós), chega uma hora em que a coisa fica preta (literalmente, pois a aura escurece) e, aí, só uma boa limpeza astral e energética com alguém que entenda do assunto.

O tema mediunidade é muito amplo e rico, no entanto, há outro aspecto que eu quero abordar neste post: não é porque a pessoa tem mediunidade, saiba ela ou não, que é OBRIGADA a desenvolver e trabalhar num local de assistência espiritual, por exemplo. Já vi dirigente de centro que convidava incautos a trabalharem lá, mas não dava orientação alguma, sequer acompanhava nas sessões. E lá ia meu mentor, mediunizado em mim, fazer a caridade de ensinar o guia da pessoa a mediunizar direito nela, com elegância e calma, sem estrebuchar e assustar o médium. Pois é, existe guia que não sabe nem o básico...

Acontece que muita gente pede, antes de nascer, para fazer determinados trabalhos de ajuda, a fim de aliviar a própria consciência, que se sente devedora. E a mediunidade é um meio de acelerar essa quitação de débitos, digamos assim. Claro que o sujeito pode mudar de ideia depois de reencarnar, mas aqueles do outro lado, com quem se comprometeu a trabalhar, acabam ficando na mão. E é muito feio quando a desculpa (falta de tempo ou medo, por exemplo) encobre a mais pura preguiça. Azar de quem adia o compromisso que, no fundo, é consigo mesmo.

Uma vez, um amigo espiritual exemplificou para mim: se você tem uma dívida no banco, pode escolher pagar à vista ou parcelado. À vista tem um bom desconto e parcelado tem juros. Nem todo mundo tem cacife para pagar à vista, não é qualquer um que aguenta uma encarnação com grandes desafios concentrados, então, nesse caso, o melhor é parcelar em várias vidas, porque devagar fica mais fácil e mais suave.

Se, por um lado, não se é obrigado a trabalhar como médium num centro ou terreiro, por exemplo, por outro é imprescindível que se estude sobre a mediunidade e se aprenda a lidar com ela, tirando o melhor proveito. O desafio maior de QUALQUER médium é a disciplina interior e essa, sim, é obrigatória. Quem não vigia, apanha mais. Simples assim. E apanha feio, pois o astral negativo pode ser terrível. Imagine um médium que vive com pena de todo mundo e não sabe dizer não: constantemente pega carga dos outros, a ponto de cair de cama até!

Outra coisa: a mediunidade acompanha a personalidade da pessoa. E como a maioria é insegura, vaidosa, cagona, morre de medo do que os outros vão pensar e falar, já viu, né? Dá-lhe obsessão! Afinal, quem não tem posse de si fica sujeito a ser possuído por qualquer um, defunto ou não. Repare como gente assim, tonta, sempre atrai um tipo dominador que a subjuga sem dó. Formam uma dupla dinâmica: um precisa do outro para fazer o papel que aprecia, dominador ou dominado. Nesse caso, um obsessor (senão vários) não passa de mais um tirano atraído pela submissão da pessoa.

E não pense você que a espiritualidade protege a “coitadinha”. Claro que não, afinal aprender a ficar esperta, ser firme e tomar posse de si é o desafio da criatura. Quando ela aprende essa lição, repele naturalmente os assediadores físicos e astrais, que, no fundo, são apenas companhias de aprendizado, não carrascos. A cada um, segundo seus méritos.

Por isso que eu procuro observar o médium como pessoa, antes de qualquer coisa. Lembra que o semelhante atrai o semelhante? Gente autoritária, arrogante e vaidosa tende a ter mentor metido a sabichão, além de intrometido. Assim como não dá para esperar que um mentor de Luz, inteligente, disciplinado e sábio, vá querer trabalhar com um médium burro, ignorante e preguiçoso, né? Quanto mais evoluído o ser, mais ele pode escolher. Natural que prefira um instrumento refinado. Não é que não pode se servir de um médium inculto eventualmente, contanto que este tenha um coração mais puro. Entretanto, um pianista profissional consegue um resultado melhor num piano top de linha.

Portanto, se você é médium do tipo ostensivo, deixo duas considerações:

1- empenhe-se em aprender e evoluir como ser humano, que isso o capacitará a ter contato com desencarnados de melhor nível também, incluindo mentores sábios e guardiões poderosos, para lhe ajudarem em tarefas auxiliadoras de alcance coletivo;


2- vigie, vigie e vigie seus pensamentos e sentimentos. SEMPRE. Aprenda a ter autodomínio para desfrutar de equilíbrio interior e, por extensão, ficar imune à turbulência do mundo e das pessoas. Afinal, mediunidade não dá folga, somos médiuns 24 horas por dia, até quando saímos do corpo durante o sono físico. E quem está disposto a servir à Luz pode trabalhar em desdobramento ou projeção astral também (serviço não falta), além de contar com mais amigos desencarnados. Como diz um guardião querido: “ser bem relacionado do outro lado faz MUITA diferença!”




Mensagem de: autoria desconhecida
Fonte: http://luznaconsciencia.blogspot.com/2011/11/alma-espirito-aura-e-mente.html?utm_source=BP_recent

Imagens: google.com


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