sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Alma, espírito, aura e mente

Nem sempre uma palavra tem o mesmo significado para pessoas diferentes, afinal cada uma delas possui uma bagagem interior própria, formada por vivências únicas e, portanto, um termo pode despertar todo um contexto condensado de lembranças. Daí que, às vezes, eu me perguntava se você, leitor(a), entendia bem o que eu queria dizer. Até que a leitora Flávia me mandou a seguinte mensagem:

Queria te fazer uma sugestão de post, não sei se você já postou sobre a diferença entre alma, espírito, aura e mente. Ou alguma bibliografia que você conheça, se puder me indicar. Esse assunto me confunde deveras... Mas, com o tempo, tenho melhorado minha percepção.


Então, aí vai meu entendimento sobre os termos:



ALMA: nossa essência divina ou Eu Superior, a parte de nós que já é perfeita e co-criadora, ou seja, cria situações na nossa vida (encarnada ou desencarnada) para estimular nosso crescimento e evolução da nossa consciência, de modo que nos aproximemos cada vez mais da comunhão com ela.

É a alma quem decide quando nascemos e morremos. Por exemplo, se a pessoa encarnada mergulha numa acomodação decadente, a ponto de a alma ver (ela vê e sabe de tudo, pois é nossa porção divina) que não há mais jeito de despertar, a não ser através de uma mudança radical, ela provoca o desencarne.

Vivendo uma realidade diferente, o indivíduo é obrigado a se adaptar e mudar seu ponto de vista ou modo de encarar a vida. Da mesma forma, se ele já estiver desencarnado e começar a entrar numa faixa de tédio e desejo de coisas novas, a alma pode providenciar um novo nascimento para servir de estímulo.

Quanto mais alguém vive no mental, na cabeça ou no racional (tudo a mesma coisa), mais a alma se afasta. E, quando ela vai embora, não dá satisfação, apenas vira as costas e deixa o sujeito por sua conta e risco, sabendo que, sendo a vida eterna, um dia eles vão acabar se reunindo. Afinal, cedo ou tarde o indivíduo vai cansar de sofrer (vide o post Perda e resgate de partes da alma, que pretendo aprofundar qualquer hora) e perceber que viver sem prazer no peito não vale a pena.

Sua alma está conectada com todas as outras no Universo e vive num plano específico ou mundo espiritual paralelo ao nosso, onde tudo é um eterno agora perfeito. Em outras palavras, para ela não existe passado e futuro, tudo já é e também não existe problema ou dificuldade. Por isso mesmo, ela é capaz de realizar o que consideramos milagres, mas que para ela não passam de brincadeiras de fazer acontecer. Para a alma, NADA é impossível de ser criado na nossa existência terrena, por mais que nossa mente acredite em obstáculos.

No entanto, existe uma condição: a alma trabalha com os elementos que lhe damos. Se limitamos nossa realidade com crenças pequenas e negativas (em especial medo), ela respeita essa escolha e fica na dela, até que nos enfiemos numa enrascada muito grande, que a obrigue a intervir (liberdade vigiada que se dá a crianças, sabe como é?).

Por outro lado, se mantemos uma atitude positiva, aberta e, principalmente, de fé (confiança absoluta) no melhor, acreditando que de alguma forma, mesmo que não saibamos como, as coisas darão certo, pronto! Ela age operando verdadeiros milagres do nada, a ponto de ficarmos boquiabertos com o que chamamos de golpes de sorte. Basta que confiemos e lhe ofereçamos espaço para agir. E, olha, ela capricha, viu? Quantas vezes você não presenciou a atuação dela na sua vida sem saber? Poderosa, a alma mobiliza com facilidade todos os recursos e pessoas necessários para lhe dar o melhor.

Só ela (não sua cabeça) sabe onde está sua felicidade e o caminho mais fácil para alcançá-la, por isso que viver sem alma, desconectado dela, é um péssimo negócio. A única coisa que precisamos fazer para ter uma vida ótima é ouvi-la, só que damos mais ouvidos às vozes da mente. A alma fala sempre através de sensações no peito: quando gosta de algo, causa uma sensação boa; quando não aprova/não quer/não gosta, a sensação é ruim, desagradável ou mesmo neutra (não diz nada). Quando ADORA algo ou alguém em especial, fica alegrinha, assanhada e dá pulinhos por dentro. E ela gosta do bom e do melhor, justamente aquilo que costuma custar mais caro (xô, pobreza!).




ESPÍRITO: versão mais pálida da alma, um dos veículos que ela usa para ter experiências. Possui forma definida, a humanoide, exceto em condições de extrema degradação. Quando quer vivências no mundo físico, a alma vale-se de outro veículo, o corpo de carne, onde coloca o espírito por alguns anos, por isso o termo encarnar ou entrar na carne.

O espírito é aquela parte nossa que permanece vida após vida e detém, em seu arquivo mental, a soma de todas as encarnações que já experimentou em diferentes corpos, épocas, localidades e culturas. Há quem considere alma e espírito a mesma coisa, mas eu faço essa diferenciação porque, a meu ver, a alma tem um nível de consciência muito maior do que o espírito, que pode estar perdido em ilusões e sofrimentos, principalmente se desencarnado no umbral ou plano astral inferior.

Se a alma é perfeita, o espírito acumula, principalmente em sua memória emocional, muita bagagem negativa, que costumamos chamar de trauma. E isso acontece por lhe faltar lucidez, ou Luz na consciência, para compreender as coisas como elas realmente são, em vez de ficar se magoando com o que não foi conforme suas expectativas e sonhos queriam.

É o espírito quem sofre devido à ignorância, jamais a alma, que é sábia e conhece as Leis Maiores que regem o Universo, portanto, sabe que está tudo certo e funcionando de forma justa e precisa. Entretanto, o espírito é cheio de ilusões (o alimento preferido do ego ou eu inferior), por isso mesmo que precisa de inúmeras experiências na matéria física, para aprender a discernir o real do ilusório, além de exercitar o arbítrio para escolher cada vez melhor.



AURA: tudo que pensamos e sentimos define nossa energia no momento e a aura nada mais é do que uma emanação energética, uma espécie de nuvem que nos envolve e oscila, em cores e tamanhos, de acordo com nosso estado de espírito.

Qualquer desarmonia física, mental e emocional pode ser vista na aura por clarividentes treinados, espíritos desencarnados que saibam ler uma aura ou a conhecida foto Kirlian ou bioeletrografia. E, na verdade, todos os seres vivos, encarnados ou não, bem como coisas inanimadas, possuem uma aura.

É pelo aspecto geral da aura que se conhece o nível de evolução de uma pessoa (cores, tons mais claros ou escuros e dimensão, que revela o magnetismo ou carisma). Também é possível identificar seus conflitos mais íntimos. De qualquer maneira, algo que sempre ouvi de espíritos amigos é que nossa aura fica muito bonita quando estamos felizes ou apenas rindo: um espetáculo de luzes e cores brilhantes.



MENTE: considere basicamente dois tipos, a Mente Superior e a mente inferior. A primeira está diretamente ligada à alma e é por ela que flui a intuição, as grandes percepções ou sacadas, o reconhecimento da verdade por trás dos fatos, o bom senso, a sabedoria e o entendimento das Leis Cósmicas que ordenam a vida.

A mente inferior já é BEM MAIS tapada, limitada e tacanha, pois é dominada pelo ego ou eu inferior, que se alimenta de ilusões para manter o indivíduo desconectado da realidade espiritual, digamos assim. Nela predomina o aspecto racional, a lógica adquirida em grande parte de fora, dos outros e do mundo em geral.

Para quem não tem muita posse de si (alma no comando), ela funciona como um reservatório de informações e um piloto automático que as repete para fora e as executa. E, como a maioria dos seres não exercita o discernimento nem a vigilância, a mente inferior costuma ter muito, mas MUITO lixo. Noções equivocadas sobre tudo, crenças negativas (que criam realidades ruins e prejudiciais), preconceitos, ideias mesquinhas... Isso quando ainda funciona razoavelmente, porém há casos de gente que nem pensa mais, prefere ser conduzida por outros cegos ignorantes.

Ao reencarnarmos, nosso novo cérebro físico é como uma folha em branco, no que diz respeito à memória e ao aprendizado em geral, por isso precisamos reaprender o básico desde pequenos e ir à escola. No entanto, nosso espírito pode voltar com certas lembranças de outras existências mais afloradas, ou seja, mais próximas da superfície da consciência e passíveis de serem resgatadas com maior facilidade.

É na mente, não no cérebro físico, que está nossa consciência, por isso que, após a morte do corpo de carne, o indivíduo continua com a sensação de estar vivo do outro lado. Porque está mesmo, só que apenas em corpo astral ou espírito. Isso explica também porque, após uma anestesia geral, parada cardíaca, coma ou EQM (Experiência de Quase Morte), alguém é capaz de dizer o que ocorreu enquanto seu corpo permanecia inerte, inclusive num local distante que seu espírito visitou.

Além do plano astral, existem outros mais sutis, sendo o próximo o plano mental, onde os seres habitam somente em corpo mental. Não quero complicar, quem se interessar pelo assunto que pesquise a fundo, mas a tendência evolutiva é que atinjamos tal grau de Luz na consciência, que, livres das ilusões do ego e da matéria, não precisemos mais reencarnar no mundo físico. É o caso de quem já alcançou um nível tal de autodomínio na mente, que passa a viver no plano mental.

Assim, evoluir, do ponto de vista espiritual, tem a ver com eliminar as ilusões da mente inferior e reconectar com a Mente Superior. Desse modo, a realidade deixa de ser criada sobre crenças negativas, cuja origem principal é o medo, e passa a ter como matéria-prima crenças positivas que enalteçam a divindade em si. Qualquer ideia que limite o ser e o faça se sentir pequeno, inferior, inadequado, errado ou indigno não passa de engano e bobagem, visto que a essência de todos nós, por ser divina, já é perfeita. A questão é que a mente (nossa e dos outros, para reforçar) é iludida, vive dizendo o contrário e acreditamos nela...

O maior desafio do ser humano é deixar sua alma no comando e fazer da mente inferior apenas uma serva dela. Entretanto, o mundo nos bombardeia tanto, há séculos, com informações distorcidas (especialmente as de origem religiosa), que o mais comum é sermos dominados por ideias negativas que nos fazem perder o contato com o divino em nós. E passamos a acreditar que o poder está fora (Deus, pais, autoridades, moral, doutores, especialistas, professores, etc.).

Assim é que a imensa maioria é manipulada e guiada por um grupo opressor (representantes das Trevas), que detém o poder sobre o comportamento das massas sem elas perceberem. Para voltar à sua essência, é preciso que você se desligue e se liberte do mundo e do coletivo, assumindo sua individualidade, sua singularidade. Você é único, aceite isso. Comparar-se com os outros e sentir-se superior ou inferior (mais comum) não passa de artimanha do seu ego, da sua mente inferior e, em última instância, das Trevas para mantê-lo sob domínio e atrasar sua evolução e religação com a divindade ou perfeição em si.


Fonte: http://luznaconsciencia.blogspot.com/2011/11/alma-espirito-aura-e-mente.html
Imagens google.com


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