Não se pode negar que a independência é um importante passo quando se fala em maturidade, mas a última é, a meu ver, algo ainda muito maior, algo quase subjetivo.
Você sabe que está amadurecendo quando opta por dormir no sofá da sala para não incomodar sua mãe de madrugada com a luz do computador ligado e barulhos de porta batendo. Quando a preocupação com a saúde dela lhe torna chato e questionador.
Amadurecer é tornar-se um pouquinho mãe de sua mãe e pai de seu pai.
Você sabe que está amadurecendo quando não deixa uma nota ruim ou uma pessoa amarga acabar com a sua paz de espírito.
Amadurecer é também ter experimentado sofrimento suficientemente verdadeiro para nos fazer capaz de aumentar diariamente o seu limiar. É concluir que o otimismo pode até nem sempre ajudar, mas nunca há de atrapalhar.
Esqueça o banheiro limpo e o dia a dia impecavelmente organizado. De nada adianta ter uma casa brilhante e o sucesso profissional, se você não dá bom dia para o porteiro e economiza palavras com seu companheiro/a.
Amadurece aquele espera sua vez de falar, que genuinamente se coloca no lugar do outro, que não tem medo de aprender, mudar de opinião, errar e voltar atrás.
Amadurece, enfim, aquele que passa a viver de olhos e ouvidos bem abertos, que se permite sofrer e sensibilizar pelas experiências, esvaziar-se para ser capaz de ficar cheio novamente, e que, quando transborda, jamais deixa de tentar encher outros copos.
Por: Patrícia Pinheiro
Obrigada por compartilhar meu texto!
ResponderExcluirAdorei seu blog, Aninha! <3
Beijos,
Patrícia Pinheiro
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