terça-feira, 12 de março de 2013

A Shantala



A Shantala é uma massagem milenar do sul da Índia que é passada oralmente de mãe para filha. Lá são só as mulheres que fazem a massagem nos bebês, por uma razão exclusivamente cultural. O mundo ocidental teve a oportunidade de conhecê-la através do médico francês Frédérick Leboyer que numa de suas viagens à Índia conheceu a Shantala, que ensinou-lhe a técnica e se deixou fotografar. Leboyer fez um lindo e poético livro, que lançou em 1976, todo ilustrado com detalhes fazendo toda a seqüência da Shantala. Em 1978 introduzi essa massagem no Brasil.

A quem se destina

Destina-se a recém-nascidos a partir de 1 a 2 meses de idade aproximadamente, sendo que não há limites para começar e continuar. Portanto, pode-se fazer em crianças maiores também, fazendo-se adaptações da técnica. Trabalha especialmente a relação mãe/bebê (que também pode ser pai/bebê), relaxando a criança, eliminando tensões, bloqueios, aliviando cólicas. insônias, enfim equilibra todo o Sistema Nervoso, Energético e Emocional.

Trás segurança e auto-estima, a criança se sente amada. Pode e deve ser usada como prevenção de neuroses e doenças e aumenta o Sistema Imunológico. Dirigido a todas as crianças com desenvolvimento no padrão normal, para aprimorar a relação com os pais. E também, pode ser aplicado adequadamente em bebês que tenham tido traumas de nascimento, com carência afetiva, com problemas neurológicos e até nos casos de diversos comprometimentos, sendo que nesses casos a aplicação da massagem deve ser individualizada, isto é, adequada a cada situação e complementar a outros recursos terapêuticos.

Princípios Gerais

Essa técnica de massagem tem fundamentos no Yoga e na Medicina Ayurvédica (medicina tradicional da Índia). Os Chackras e os nadis dão a direção e seqüência dos movimentos. Há um ganho importante no toque, no carinho, no amor, na relação mãe/bebê, mas, não se pode esquecer que outra parte importante é a maneira correta de aplicá-la para que todos os benefícios sejam alcançados.

A direção dos movimentos, a seqüência e a concentração fazem parte constante dessa prática, assim como, a conversa não-verbal, o olhar, o olho no olho irá desenvolver outro tipo de relação mãe/filho. Ao fazer a massagem, que abrange grande parte do corpo, estaremos massageando também, num nível mais sutil os canais de energia.

Fazer analogia com os meridianos da acupuntura, pois estaremos também trabalhando toda a musculatura, o sistema nervoso, as articulações proporcionando desbloqueios energéticos e físicos, alongando, enfim produzindo um equilíbrio em todos os níveis.

A Shantala deve ser feita num ambiente calmo, silencioso ou com uma música bem tranqüila (de preferência sempre a mesma), instrumental ou "new-age". Assim como é importante a ambientação, também a preparação do bebê e da mãe, ou de quem vai aplicar a massagem.

O bebê não deve estar de estômago cheio, nem vazio, não ter a sensação de frio ou excesso de calor. Deve estar predisposto e participativo. É uma troca energética. De forma alguma deve ser imposta. É uma massagem prazeirosa e ele vai descobrir isso e passar a gostar esperando a cada dia por ela.

É importante que seja diária, podendo ser feita até duas vezes ao dia, sempre diurna, sem quebrar o ritmo do bebê, muito pelo contrário, auxiliando-o no ajuste deste ritmo, proporcionando uma auto-regulação. A melhor hora é aquela em que o bebê está de acordo com estas pré-condições e não a hora imposta pelo adulto.

O adulto que vai aplicar a massagem também deve se preparar já que a criança é muito receptiva e é necessário que o adulto esteja bem disposto, relaxado, procurando se abstrair de todos os problemas, ansiedades, para que não passe isso pelo seu contato com o bebê. Sugerimos que faça alguma prática de yoga, meditação, relaxamento, etc. Para que evite qualquer energia indesejável. Um bom banho antes também é interessante. Para que a massagem seja muito mais prazerosa ela é feita com um óleo vegetal.

Na Índia é tradição o óleo de côco no verão e de mostarda no inverno. Aqui adaptamos no inverno o óleo de amêndoas, que preserva mais o calor na pele. O importante é que o óleo seja vegetal e não mineral e esteja pré-aquecido (levemente). O óleo vai ser um ótimo condutor dos movimentos, evitando atritos na sensível pele do bebê. O óleo deve ser totalmente puro e natural, isto é, sem químicas ou perfumes. A criança vai absorve-lo pelos poros e também possivelmente levará as mãos a boca.

No final da sequência dos movimentos, complementando, temos exercícios que são mais semelhantes ainda ao hatha-yoga, trabalhando a respiração, circulação sangüínea e as articulações, proporcionando perfeitos alongamentos que o bebê vai adorar. São mais dinâmicos.

Complementando tudo temos um banho, mais veja bem, não é um simples banho, muito menos um banho de higiene e sim um banho que vai trazer relaxamento a áreas difíceis, onde as mãos não puderam ter acesso. O elemento água é por si só um elemento purificador.

Ao submergir o bebê numa água morna completaremos o relaxamento e daremos prazer a esse banho, deixando-o simplesmente submerso o tempo que ele desejar, trazendo a sensação da vida intra-uterina. A água atuará onde não conseguimos penetrar com as mãos. E o bebê vai relaxar mais ainda, podendo depois dormir horas a fio. É perfeitamente esperado este resultado.

A criança que é massageada se sentirá amada e, portanto, vai ficar mais segura. Aliviará tenções localizadas, relaxará muito e conseqüentemente dormirá melhor, aliviará cólicas ou prevenirá para não tê-las.

Terá um desenvolvimento psicomotor muito melhor, enfim, será uma criança calma, tranqüila, ao mesmo tempo ativa e inteligente. Principalmente as crianças com traumas de vida intra-uterina e nascimento e com carências diversas, são as que mais necessitam deste toque mágico.

O poder das mãos é incontestável, o tato, dissolvendo todas as tensões, o calor humano. Por isso é importante que a massagem seja feita com o bebê sobre o corpo de quem a faz, sobre as pernas para que ele se sinta protegido dentro do corpo áurico da mãe. Teremos assim, futuros adultos mais equilibrados, mais harmonizados com o mundo e consigo mesmo.

O toque, o mais antigo dos sentidos, ainda é um tabu em nossa civilização. O médico francês Frédérick Leboyer foi o responsável por introduzir no dia-adia de muitas mães, a arte hindu de massagear as crianças aprendida com Shantalla.



Leboyer, mais poeta que médico, descobriu a magia de Shantalla durante uma viagem à Índia. Encontrou-a em meio a uma enorme favela, em Calcutá, onde trabalhavam dois amigos seus. Por dia, fotografou a moça (paralítica) que massageava seu bebê todas as manhãs, aproveitando o sol.



A idéia é fornecer o que é fundamental para as crianças: contato, amor, carinho. Através da comunicação entre a mão e a pele (e mãe e filho), feita silenciosa e atentamente, como exige toda prática corporal, surge um novo relacionamento, cheio de amor e alegria, onde o aperfeiçoamento e o cuidado se revelam, claros como o sol da manhã.

A melhor hora para fazer a shantalla é antes da soneca matinal do bebê. Logo depois da massagem, você dará o banho. No verão, pode fazê-la ao ar livre, deixando a criança ao sol. A técnica pode ser iniciada quando o pequeno entra no segundo mês. Até então, eles são muito frágeis para ficarem longos períodos de tempo sem roupa.



Um aviso importante: a shantalla deve ser evitada se o bebê estiver com febre, resfriado, com disenteria ou infecções. Outro lembrete: entre o segundo e o terceiro mês, a criança só está acordada enquanto estiver com fome. Então, para você conseguir fazer a massagem, dê o peito apenas o suficiente para forrar o seu estômago e siga as demais instruções. Caso contrário, se ela estiver satisfeita, bem alimentada, irá adormecer logo em seguida, e você não poderá acarinhá-la com técnica.

Para começar

Sente-se no chão, com as pernas esticadas, costas eretas, ombros relaxados. Use óleos vegetais naturais amornados (de hamamélis, amêndoas ou camomila, por exemplo), para que não ocorram choques térmicos. Coloque o bebê sobre suas pernas, em cima de um impermeável, com uma toalha ou uma fraldinha. Vocês se olham. Você se concentra e esfrega um pouquinho do óleo nas mãos. A questão do ritmo, lento e constante, é importante. O que muda é a pressão dos dedos, que aumentará naturalmente. Os movimentos são feitos com firmeza, sempre de dentro para fora (do centro para as extremidades) ou de baixo para cima. Para completar, tente começar sempre pelo lado esquerdo e terminar do lado direito. Segundo os estudiosos da medicina oriental, este é o sentido da energia no corpo humano. Aviso às iniciantes: não se assustem com os gritinhos que a massagem provoca nos bebês – são de puro prazer.

Benefícios da Shantalla

Aumenta a oxigenação dos tecidos e estimula o fluxo de energia pelo organismo. Favorecendo a respiração, ajudando o organismo a expelir toxinas e revitalizando o corpo.

A massagem também previne cólicas, prisão de ventre e insônia. Tem uma ação relaxante e melhora o humor. Atua diretamente sobre o desenvolvimento psicomotor.



1- Comece pelo peito, deslizando as mãos do centro para as laterais, como se estivesse alisando as páginas de um livro.



2- Em seguida, você vai cruzar suas mãos pelo peito saindo do quadril esquerdo do bebê e chegando ao ombro direito, e do quadril direito para o ombro esquerdo. Deixe suas mãos subirem como ondas, alternadamente.



3- O próxímo passo são os braços. Vire o bebê de lado, segure o ombro com uma das mãos (como um bracelete) e o pulso com a outra. Vá deslizando do ombro ao pulso e alternadamente as mãos sempre que se encontrarem. Não esqueça o ritmo.



4- A seguir, faça o mesmo com as duas mãos, indo do ombro em direção ao pulso. O movimento imita um rosca, com uma mão no sentido contrário da outra.



5- Antes de fazer o outro braço, massageie a mãozinha com os polegares. Alongue os dedinhos, dobrando-os para trás gentilmente. Repita com outro braço e a outra mão. Primeiro o esquerdo, depois o direito – este é o rumo da energia, explicam os teóricos da medicina oriental.



6 – Coloque uma das mãos na base do peito e deslize em direção ao ventre, como se estivesse esvazindo a barriga do bebê. Repita várias vezes, alternando o movimento com a outra mão.



7- Depois, com a mão esquerda, segure os pés erguidos. Com o antebraço direito, vá deslizando desde o peito até o ventre.



8- Chegamos às pernas. Repita os mesmos movimentos dos bracinhos, deslizando da coxa aos tornozelos. Primeiro, alongue. Depois, massageie com as duas mãos, sempre uma em sentido contrário da outra



9- Primeiro, os seus polegares vão massagear do calcanhar até os dedinhos. Depois, passe a palma da sua mão na sola do pezinho do bebê. Em seguida, repita os mesmos movimentos com a outra perna.



10- É a vez das costas. Vire o bebê de bruços, atravessado em seu colo, com a cabeça para o lado esquerdo. A massagem tem três tempos. No primeiro, você coloca suas duas mãos juntas, paralelas, na nuca do bebê, e vai deslizando até as nádegas, massageando para frente e para trás. As mãos vão e vêm, subindo e descendo, mantendo o ritmo, vagarosamente.



11- No segundo tempo, sustente as nádegas do bebê com a mão direita, enquanto a mão esquerda desliza da nuca ao bumbum, lentamente.



12- No terceiro tempo, segure os pezinhos com a mão direita mantendo as perninhas esticadas elevadas. Enquanto isso, a mão esquerda passeia da nuca em direção aos pés e recomeça mais uma vez.



13- Estamos quase no fim. Vire o bebê para massagear o rosto. A partir do meio da testa do bebê, deslize a ponta de seus dedos para os lados, ao longo das sobrancelhas. Depois, coloque os seus dedos entre os olhos e deslize pelas laterais das narinas. Para finalizar, contorne a boca e o maxilar em direção às orelhas.



14- Para liberar as tensões das regiões cervical e dorsal, da caixa torácica e a respiração superior, segure as mãozinhas do bebê e cruze os bracinhos sobre o peito, fechando e abrindo.



15- Para liberar as tensões das vértebras, em especial as lombares, segure um pé do bebê e a mão do lado oposto, cruzando braço e perna, de forma que o pé se aproxime do ombro e a mão da coxa oposta. Repita o movimento do outro lado.



16- Para relaxar as articulaçoes da pélvis e dos ligamentos com a base da coluna, segure os dois pés, cruzando as perninhas sobre a barriga do bebê. Em seguida, abra as perninhas, estenda e cruze novamente, invertendo a posição.

Fontes: http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=22310526&tid=5213811274855874905&na=3&npn=2&nid=22310526-5213811274855874905-5213827647271207257
Energiadivina .br .tripod. com/shantala.htm
Imagens: google.com


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